Israel acusa frota de rompimento e defende soldados na ONU
31 mai2010 - 18h16
(atualizado às 19h09)
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Israel assegurou nesta segunda-feira, perante o Conselho de Segurança da ONU, que os navios com ajuda humanitária buscavam romper o bloqueio a Gaza e que os ativistas a bordo atacaram os soldados, que responderam em legítima defesa. "Os seis navios da flotilha tentaram romper o bloqueio marítimo de Israel a Gaza. Essa flotilha não estava só em missão humanitária", defendeu o embaixador adjunto de Israel na ONU, Daniel Carmon, que participou da reunião convocada hoje a pedido de turcos, libaneses e palestinos.
O diplomata israelense mencionou várias vezes declarações publicadas na imprensa dos organizadores da operação, como as de Greta Berlin, uma das porta-vozes da missão humanitária. "Greta Berlin disse na semana passada que o objetivo não era só levar ajuda humanitária, mas também romper o bloqueio", assinalou o representante de Israel, que indicou que "os ativistas agrediram os soldados, que responderam em sua própria defesa".
"Não eram ativistas, nem mensageiros da paz, mas cinicamente" se serviram dessa denominação para tentar romper o bloqueio marítimo, acrescentou Carmon, para quem "o bloqueio é legítimo". Além disso, qualificou a organização turca IHH de ser um grupo "de radicais antiocidentais que apoiam o Hamas e que têm, entre eles, elementos jihadistas próximos à Al Qaeda".
Segundo ele, "não há crise humanitária em Gaza", e o próprio coordenador especial da ONU para o Oriente Médio, Robert Serry, disse que houve avanços recentemente. Já o representante palestino perante a ONU, Riad Mansour, pediu uma resposta firme do Conselho de Segurança perante o que qualificou de "massacre", e pediu que os responsáveis sejam levados à Justiça.
O chanceler turco, Ahmet Davutoglu, que participou dos debates no conselho, qualificou o incidente de "assassinato realizado por um Estado" e exigiu ao governo Benjamin Netanyahu que peça desculpas imediatas pelo ocorrido. Davutoglu pediu também a abertura urgente de uma investigação internacional, assim como uma ação legal "contra os autores e as autoridades responsáveis", além do fim do bloqueio a Gaza.
Já o embaixador adjunto dos Estados Unidos na ONU, Alejandro Wolff, ressaltou que Washington espera "uma investigação crível e transparente", ao tempo que pediu ao governo Netanyahu que abra também sua própria avaliação oficial do caso.
Ativistas internacionais do grupo IHH dão entrevista antes de partir para Gaza
Foto: AP
Manifestantes seguram faixas que pedem a libertação da Faixa de Gaza, no porto de Ashdod, em Israel
Foto: EFE
Mulher chora durante protesto contra o ataque, em Istambul, na Turquia
Foto: AP
Soldados carregam homem ferido do helicóptero para um hospital em Jerusalém
Foto: EFE
Libaneses protestam contra a ação dos militares israelenses em frente à sede da ONU em Beirute
Foto: EFE
Em Amã, na Jordânia, manifestantes começam a pôr fogo em bandeira de Israel
Foto: EFE
Manifestantes seguram cartazes contra o ataque israelense, na cidade do Cairo, no Egito
Foto: AP
Médicos israelenses levam um ferido no confronto para um hospital de Haifa
Foto: AP
Turco lamenta o incidente do lado de fora do consulado de Israel em Istambul
Foto: AP
Frame de vídeo mostra luzes de um navio da Marinha israelense iluminando o horizonte
Foto: Reuters
Imagem mostra um tripulante do navio de ajuda humanitária ferido após o ataque israelense
Foto: Reuters
Frame de vído mostra soldados israelenses fortemente armados invadindo o navio de ajuda humanitária
Foto: Reuters
Manifestantes entram em conflito contra policiais durante protestos em frente a embaixada israelense em Atenas, na Grécia
Foto: AFP
Mulheres choram durante protestos em Bruxelas, na Bélgica
Foto: Reuters
Homem queima bandeira israelense durante protestos em Nicosia, no Chipre
Foto: AP
Milhares de pessoas se reúnem em Istambul, capital turca, para manifestação de repúdio ao ataque em Gaza
Foto: EFE
Manifestantes criticam ajuda americana à Israel, durante protestos em Roma, na Itália
Foto: Reuters
Representantes da ONU (Organização das Nações Unidas), fazem reunião emercial em Nova York sobre as atitudes a serem tomadas após ataque em Gaza
Foto: Reuters
Homem é arrastado por militares durante conflitos em frente a embaixada israelense, em Atenas
Foto: EFE
Muçulmana usa burca e pede liberdade para a Palestina, durante manifestação em Londres
Foto: Reuters
Militante da Frente Democrática pela Libertação da Palestina ergue um fuzil e a bandeira turca, durante protestos no campo de refugiados de Ein el-Hilweh, na cidade de Sidon
Foto: AP
Nilüfer Çetin concede entrevista a repórteres no aeroporto de Istanbul
Foto: AP
Manifestantes jogam pedras durante protestos nas proximidades da embaixada israelense, em Paris
Foto: Reuters
Crianças palestinas jogam flores no mar, próximo ao porto de Gaza, em homenagem às vitimas do ação policial israelense
Foto: AFP
Muçulmanos fazem protesto em Ramallah carregando uma réplica de um navio com a bandeira palestina
Foto: Reuters
Homem grita palavras de ordem durate manifestações em Cairo
Foto: Reuters
Manifestantes pedem o fim do Hamas na Faixa de Gaza, em frente à embaixada israelense em Viena
Foto: Reuters
Muçulmanos protestam em frente à embaixada israelense em Viena
Foto: Reuters
Mulher segura cartaz durante protestos na embaixada turca, em Amman, na Jordânia
Foto: AP
Manifestantes criticam ações de Israel, durante protestos em Ramallah, na Cisjordânia
Foto: Reuters
Manifestantes protestam em frente a embaixada israelense em Istambul
Foto: AFP
Manifestante segura cartaz pedindo liberdade aos palestinos em Gaza, durante manifestação em Bruxelas
Foto: EFE
Indianos se solidarizam com a situação dos palestinos, durante protesto em Nova Delhi
Foto: EFE
Hedy Epstein pretende embarcar no navio irlandês que tentará romper o bloqueio israelense à Faixa de Gaza
Foto: Free Gaza Movement / BBC Brasil
Manfestantes protestam contra a ação dos militares israelenses em frente à Casa Branca, em Washington