Senado dos EUA aprova a presença de gays no exército
A Comissão das Forças Armadas do Senado dos Estados Unidos aprovou nesta quinta-feira, por 16 votos contra 12, um texto levantando a proibição que impede a militares homossexuais assumidos revelar sua orientação sexual. O documento deverá passar ainda pelo plenário do Senado e da Câmara de Representantes.
Fruto de um compromisso firmado em 1993 entre o ex-presidente Bill Clinton, o Congresso e as Forças Armadas, a lei em vigor, conhecida por "don't ask, don't tell" (não pergunte, não conte) impõe aos militares homossexuais não revelar sua condição sob pena de expulsão.
O presidente Barack Obama já havia solicitado a revogação da lei que proíbe a participação nas Forças Armadas de pessoas que declararem publicamente sua homossexualidade. A questão vinha despertando nos últimos dias grande expectativa no Congresso.
O senador republicano John McCain, o mais alto representante republicano na comissão, opõe-se à anulação da lei antes que o Pentágono conclua uma avaliação sobre os meios de realizar mudança na sua política relacionada à homossexualidade. Os comandantes da Força Aérea, da Marinha, dos Fuzileiros e do Exército são da mesma opinião.
O secretário de Defesa, Robert Gates, que vinha se opondo claramente, disse na quarta-feira que se dispõe a "aceitar" a contragosto o acordo feito pela Casa Branca e parlamentares para suspender a lei atual.