Navio afundado: para Japão, atitude norte-coreana é "imperdoável"
O governo japonês considerou "imperdoável" a responsabilidade da Coreia do Norte no afundamento do navio de guerra sul-coreano. O incidente causou 46 mortes, fato que, para Tóquio, dificulta a retomada do diálogo nuclear com o governo norte-coreano.
O primeiro-ministro do Japão, Yukio Hatoyama, assegurou que seu país apoia a Coreia do Sul e condena "com força, junto à comunidade internacional", esse ato do regime comunista da Coreia do Norte, segundo a agência de notícias Kyodo.
Hatoyama presidiu uma reunião de ministros ligados à segurança, entre eles os responsáveis de Exteriores e Defesa, depois que uma equipe internacional de investigadores concluiu em Seul que o afundamento do navio "Cheonan", no último dia 26 de março, foi causado por um torpedo lançado por um submarino norte-coreano.
O presidente da Coreia do Sul, Lee Muyng-bak, tinha antecipado ao primeiro-ministro japonês o resultado dessas pesquisas em contato telefônico na quarta-feira. Em entrevista coletiva, o porta-voz oficial japonês, Hirofumi Hirano, disse que "as atuais circunstâncias" complicam o reatamento do diálogo do qual participam, desde 2003, as duas Coreias, China, Japão, EUA e Rússia em busca da desnuclearização de Pyongyang, capital norte-coreana.
Há duas semanas, o líder norte-coreano, Kim Jong-il, se disse disposto a retomar o diálogo durante viagem à China, anfitriã das negociações, que estão paralisadas desde o fim de 2008 por iniciativa do regime liderado por ele.