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Ásia

Tailândia: confronto soma 2 mortos, 7 feridos e 20 detidos nesta quarta

19 mai 2010 - 01h45
(atualizado às 02h06)
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Cerca de vinte paramilitares dos "camisas vermelhas" foram detidos e pelo menos duas pessoas morreram e a fsete ficaram feridas durante ase inicial da operação realizada nesta quarta-feira pelas tropas tailandesas contra o acampamento da frente antigovernamental em Bangcoc.

Soldados tailandeses passam por barricada anti-governista perto ao Parque Lumpini, no centro de Bangoc, depois de dois tanques destruírem a estrutura de bambu e pneus feita pelos manifestantes
Soldados tailandeses passam por barricada anti-governista perto ao Parque Lumpini, no centro de Bangoc, depois de dois tanques destruírem a estrutura de bambu e pneus feita pelos manifestantes
Foto: AP

Um dos mortos é um membro das equipes de segurança dos "camisas vermelhas", uma força paramilitar uniformizada. O corpo foi encontrado pelos soldados perto da barricada que os camisas vermelhas armaram junto ao distrito financeiro de Bangcoc e ao lado de um parque muito frequentado pelos turistas. A outra vítima, que vestia roupas civis, foi encontrada no chão a cerca de 100 metros da primeira, com marca de um tiro no peito.

Dois dos feridos levaram tiros no peito, enquanto os outros três foram atingidos por balas nas pernas, segundo o centro oficial de emergências que coordena a assistência médica nos hospitais da capital. Mais tarde, em um tiroteio em outro acesso ao acampamento, uma mulher e um homem foram atingidos por disparos, segundo testemunhas.

Cerca de vinte membros da força paramilitar da frente, que para se diferenciarem dos demais vestem roupas de cor escura, foram capturados e levados a um edifício próximo. Fontes militares disseram que uma das prioridades é evitar que os líderes dos camisas vermelhas escapem, principalmente aqueles acusados de "atos terroristas".

As tropas, que depois de derrubarem as barricadas avançaram pelo interior do acampamento dos manifestantes, pararam a operação para facilitar a saída dos rebeldes, a maioria deles reunidos ao redor do palco montado no centro do acampamento, segundo depoimento de testemunhas.

O porta-voz interino do Governo, Panitan Wattanayagorn, disse, em discurso televisado, que a operação militar continuará durante o dia, e o objetivo por enquanto é "dar segurança ao perímetro" do acampamento. Os veículos blindados derrubaram as barricadas levantadas pelos "camisas vermelhas". Antes, os manifestantes tinham ateado fogo nas barreiras para dificultar o acesso das tropas ao acampamento, que tem cerca de três quilômetros quadrados de extensão.

Por conta da fumaça do incêndio e dos tiroteios, um hospital que fica perto do local do confronto preparou a evacuação de seus pacientes. Os soldados, por meio de megafones, pediram aos manifestantes que abandonassem a zona que ocupam há quase seis semanas, pressionando o Governo a forçar a dissolução do Parlamento.Cerca de três mil manifestantes permanecem no interior do acampamento desde que vários abandonaram a base após a onda de violência na qual morreram pelo menos 39 pessoas e outras 280 ficaram feridas, de acordo com os últimos dados oficiais.

EFE   
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