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Ásia

Coreia do Sul: "torpedo que afundou navio era norte-coreano"

19 mai 2010 - 01h01
(atualizado às 01h17)
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O Governo da Coreia do Sul acredita que um fragmento de torpedo encontrado na zona onde afundou uma embarcação de guerra sul-coreana em março é de origem norte-coreana, de acordo com um número de série identificado, informou a agência local Yonhap.

Segundo as autoridades militares sul-coreanas, o número de série de um fragmento de hélice tem inscrições com caracteres utilizados na Coreia do Norte, o que confirmaria que o afundamento foi causado pelo ataque de um torpedo norte-coreano.

A informação foi divulgada um dia antes de o Governo sul-coreano publicar o resultado oficial da investigação sobre o fato, que causou a morte de 46 dos 104 tripulantes da embarcação. O "Cheonan", de 1,2 mil toneladas, afundou no último dia 26 de março, muito perto da fronteira marítima norte-coreana no Mar Amarelo (Mar Ocidental), depois que foi partido em dois por conta de uma explosão inesperada.

As primeiras pesquisas já apontavam a responsabilidade do regime comunista de Pyongyang no incidente, em cujos destroços foram encontrados rastros de uma substância explosiva idêntica à de um torpedo norte-coreano encontrado pela Coreia do Sul há sete anos.

Segundo a Yonhap, os especialistas de Estados Unidos, Austrália, Reino Unido e Suécia que integram a equipe de investigação com os sul-coreanos concordam que o afundamento foi mesmo causado por um torpedo.

Tudo parece indicar que Seul acusará Pyongyang formalmente nesta quinta-feira, quando anunciar o resultado oficial da investigação, enquanto o país comunista nega sua responsabilidade. Fontes oficiais indicaram nesta quarta-feira que a Coreia do Sul já informou suas conclusões a seus representantes diplomáticos na China, Rússia e Japão, três dos países que participam das negociações com a Coreia do Norte para seu desarmamento nuclear. O diálogo, paralisado desde dezembro de 2008 por decisão unilateral de Pyongyang, tem participação também dos EUA, que já manifestaram apoio à Coreia do Sul em sua resposta ao afundamento.

EFE   
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