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Após 4 meses, Brasil encerra apoio emergencial ao Haiti

13 mai 2010 - 20h42
(atualizado às 20h49)
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O Brasil encerrou, nesta quinta-feira, os esforços de ajuda emergencial ao Haiti, atingido em 12 de janeiro por um terremoto que provocou a morte de pelo menos 220 mil pessoas e destruiu grande parte da infraestrutura física da capital, Porto Príncipe.

"Permanece agora o desafio de reconstrução do país, contando, nessa nova fase, com significativa participação brasileira", diz a nota à imprensa, divulgada hoje pelo gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República.

O balanço do governo federal aponta que, nestes quatro meses, foram feitas 156 missões de transporte da Força Aérea Brasileira, o equivalente a 3.300 horas de vôo. A Marinha enviou três navios ao país caribenho. Ao todo, foram transportadas 361 t de medicamentos e 2.598 t de outros itens.

Terremoto

Um terremoto de magnitude 7 na escala Richter atingiu o Haiti no dia 12 de janeiro, às 16h53 no horário local (19h53 em Brasília). Com epicentro a 15 km da capital, Porto Príncipe, segundo o Serviço Geológico Norte-Americano, o terremoto é considerado pelo órgão o mais forte a atingir o país nos últimos 200 anos.

Centenas de prédios da capital caíram e deixaram moradores sob escombros. Importantes edificações foram atingidas, como prédios das Nações Unidas e do governo do país. O governo haitiano confirmou a morte de 220 mil pessoas. O Haiti é o país mais pobre do continente americano.

Morte de brasileiros

A fundadora e coordenadora internacional da Pastoral da Criança, Organismo de Ação Social da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Zilda Arns, o diplomata Luiz Carlos da Costa, segunda maior autoridade civil da Organização das Nações Unidas (ONU) no Haiti, o tenente da Polícia Militar do Distrito Federal Cleiton Batista Neiva, e pelo menos 18 militares brasileiros da missão de paz da ONU morreram durante o terremoto. Também foi confirmada a morte de uma brasileira com dupla nacionalidade, cuja identidade não foi divulgada.

O Brasil no Haiti

O Brasil chefia a missão de paz da ONU no país (Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti, ou Minustah, na sigla em francês), que conta com cerca de 7 mil integrantes. Segundo o Ministério da Defesa, 1.266 militares brasileiros servem na força. Ao todo, são 1.310 brasileiros no Haiti.

A missão de paz foi criada em 2004, depois que o então presidente Jean-Bertrand Aristide foi deposto durante uma rebelião. Além do prédio da ONU, o prédio da Embaixada Brasileira em Porto Príncipe também ficou danificada, mas segundo o governo, não há vítimas entre os funcionários brasileiros.

Fonte: Redação Terra
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