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Estados Unidos

BP trabalha em nova tentativa para conter vazamento de óleo

13 mai 2010 - 01h48
(atualizado às 02h59)
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Em meio a crescentes sinais de negligência, a British Petroleum (BP) deve acertar, nesta quinta-feira, os detalhes para instalar uma nova caixa sobre o vazamento de petróleo no Golfo do México da empresa nos dias que antecederam o acidente. A caixa, de tamanho menor que a estrutura inicial que a empresa tentou instalar sem sucesso na semana passada, já está no fundo do mar, esperando ser colocada sobre o principal ponto de fuga de petróleo.

Ave coberta de petróleo tenta levantar voo junto ao casco de um navio, na região onde acontece o vazamento no Golfo do México
Ave coberta de petróleo tenta levantar voo junto ao casco de um navio, na região onde acontece o vazamento no Golfo do México
Foto: AP

A presença de gás cristalizado na estrutura inicial tapou o duto pelo qual tinha que ser transportado o petróleo para um navio na superfície. A companhia acredita que a nova caixa, que se ajustará melhor sobre a fuga dificultando a entrada de água gelada que permite a cristalização do gás, evite os problemas registrados durante a primeira tentativa.

A corrida contra o relógio da BP para conter o vazamento, que começou no dia 20 de abril após a explosão da plataforma operada pela companhia, coincide com a divulgação de um número crescente de provas que apontam que houve falta de rigor na segurança antes do acidente. O The Wall Street Journal informou na quarta-feira que a companhia decidiu finalizar o trabalho na plataforma Deepwater Horizon em abril, apesar de as provas indicarem que tinha sido filtrado gás combustível no poço.

Além disso, um congressista americano afirmou ontem feira que a BP conhecia os problemas no dispositivo para deter o fluxo de petróleo antes da explosão da plataforma que iniciou o derramamento. Segundo Bart Stupak, chefe da subcomissão de Supervisão e Investigações da Câmara de Representantes, o mecanismo desenhado para impedir explosões (BOP, na sigla em inglês) tinha um vazamento em seu sistema hidráulico.

Stupak afirmou durante a segunda sessão de audiências sobre o vazamento no Congresso que os investigadores da subcomissão também determinaram que o dispositivo para impedir uma explosão na plataforma tinha sido modificado, o que impediu que fosse colocado em funcionamento. "A segurança de toda a operação se apoiava no funcionamento de um mecanismo aparentemente defeituoso", afirmou o legislador.

EFE   
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