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Mundo

Préval pede que haitianos confiem no futuro do país

22 abr 2010 - 00h42
(atualizado às 01h27)
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O presidente do Haiti, René Préval, pediu nessa quarta-feira que os haitianos acreditem que o país vai se recuperar depois do devastador terremoto de 12 de janeiro, que deixou quase 300 mil mortos e devastou Porto Príncipe e outras localidades.

Lovely Morin, 8 anos, e Mariefleur Morin, 7 anos, perderam os pais no terremoto do dia 12
Lovely Morin, 8 anos, e Mariefleur Morin, 7 anos, perderam os pais no terremoto do dia 12
Foto: The New York Times

"Devemos ficar de pé para caminhar juntos", exclamou o chefe de Estado em entrevista coletiva 100 dias depois da catástrofe. "O choque (terremoto) criou uma espécie de ceticismo (...) mas apesar de viver momentos difíceis, o povo precisa saber que trabalhamos para criar empregos, alojamentos, e pela educação", disse Préval. Com a ajuda da comunidade internacional e da população, o Haiti terá "um futuro brilhante", acrescentou o governante, que lembrou que "depois da Segunda Guerra Mundial, a Europa se reconstruiu".

O líder rejeitou que seu país perdeu sua soberania com a promulgação de uma lei de Estado de Urgência que criou uma comissão mista com haitianos e estrangeiros para a reconstrução da nação. "Não vejo nenhum elemento que aponte à perda de soberania", declarou, ao se referir às críticas de parte da opinião pública e de setores opositores.

A Comissão Interina de Reconstrução do Haiti (CIRH) é uma entidade que foi anunciada na cúpula internacional organizada pela ONU em 31 de março sobre o futuro do país. "A comissão foi criada por uma lei haitiana", justificou o presidente, que assegurou que "o governo será sempre o responsável pela execução do orçamento nacional e deverá responder perante o Parlamento e as demais instituições de controle".

Segundo o chefe de Estado, o Haiti não conseguiria superar sozinho "uma das maiores catástrofes da história da humanidade". Préval também desmentiu a ideia ventilada na opinião pública de que o Parlamento haitiano não teria capacidade de controlar as atividades dessa Comissão de Reconstrução. Por outra parte, indicou que a nova lei, que prolonga o estado de urgência por 18 meses, não será uma ameaça para as liberdades públicas.

EFE   
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