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Mundo

Tratores começam a demolir o Palácio Presidencial do Haiti

9 abr 2010 - 13h13
(atualizado às 17h21)
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Dois tratores começaram a demolir o Palácio Presidencial do Haiti, destruído durante o terremoto que no dia 12 de janeiro atingiu o país, constataram nesta sexta-feira jornalistas da AFP.

Palácio Presidencial foi severamente abalado pelo terremoto que atingiu a cidade
Palácio Presidencial foi severamente abalado pelo terremoto que atingiu a cidade
Foto: AFP

As máquinas amarelas, que chegaram na quinta-feira à noite, começaram a destruir a cúpula central da construção que desabou com o tremor de magnitude 7. A data para o final dos trabalhos "ainda não está definida", disse o chefe da guarda presidencial, Bernard Elie.

Dezenas de afetados pelo terremoto se reuniram na esplanada localizada em frente ao Palácio Presidencial, no Campo de Marte, para observar a demolição.

"Vamos fazer um bom trabalho", disse Pierre John, que com seus amigos assistiu ao momento em que a bandeira haitiana era hasteada. "Depois da reconstrução (do Palácio), será preciso dar dinheiro para as escolas e também para que tenhamos trabalho", disse Hector-Jean Hardy.

Motivo de orgulho dos haitianos e símbolo da independência do primeiro Estado negro latino-americano, o palácio construído entre 1914 e 1921, que teve seu projeto elaborado pelo arquiteto haitiano Georges Baussan, "resistiu a um bombardeio, a ataques armados e a um grande incêndio", lembrou nesta sexta-feira o jornal Le Nouvelliste.

O presidente do Haiti, René Préval, havia dito no final de janeiro que o governo francês se ofereceu para reconstruir a sede do governo e recuperar suas formas exatas, incluindo sua formidável cúpula. Os trabalhos foram avaliados em pelo menos 120 milhões de euros.

"Continuamos motivados para contribuir com a reconstrução, desde que haja estudos prévios", declarou nesta sexta-feira o embaixador da França no Haiti, Didier Le Bret. Ele acrescentou que é preciso "levar em consideração as novas condições do país, sem se comprometer com investimentos que poderiam ser mal interpretados pela população" haitiana e francesa.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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