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Estados Unidos

Ban elogia nova política de defesa nuclear adotada por Obama

6 abr 2010 - 16h57
(atualizado às 17h00)
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O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, elogiou nesta terça-feira a nova política de defesa nuclear adotada pelas Estados Unidos, que reduz as condições em que o país considerará aceitável empregar seu arsenal atômico.

A porta-voz da ONU, Marie Okabe, explicou que a mudança na política americana reflete o compromisso do presidente Barack Obama com "um mundo sem armas nucleares".

A mudança na estratégia nuclear de Washington, divulgada um dia antes da assinatura em Praga de um novo tratado de redução de armamento atômico com a Rússia, é uma iniciativa "oportuna", disse.

Ban "espera que sirva para manter o impulso positivo frente à próxima cúpula sobre segurança nuclear e a conferência de revisão do Tratado de Não-Proliferação (TNP)", afirmou Marie, em comunicado.

Além disso, a porta-voz assegurou que Ban confia em que a liderança dos EUA, em cooperação com outras potências nucleares, consiga reduzir e eliminar o papel do armamento nuclear nas políticas de segurança, o que "contribuiria com o desarmamento e a não-proliferação".

"Como secretário-geral da ONU, renova seu compromisso firme com o desarmamento nuclear e a não-proliferação, assim como com o êxito da conferência de revisão do TNP em maio", acrescentou.

A nova estratégia nuclear americana, recolhida na Revisão de Postura Nuclear (NPR, na sigla em inglês), um documento emitido no Congresso com a chegada ao poder de cada presidente, estabelece, entre outras coisas, que os EUA renunciarão a ameaçar ou a atacar com armas nucleares países que respeitem seus compromissos dentro do TNP.

Essa renúncia se estenderá inclusive se esses países atacarem os EUA com armas químicas ou biológicas, apesar de ser reservado o direito de modificar essa política na medida em que cresça o "potencial catastrófico" dos possíveis ataques.

Em comunicado após a publicação do relatório, Obama assegurou que a nova estratégia reconhece que a maior ameaça "já não é uma troca nuclear entre países, mas o terrorismo nuclear e a proliferação".

O presidente dos EUA, que fez da luta contra a proliferação nucelar um dos pilares de sua política externa, assegurou que a nova estratégia representa "um passo significativo" para tornar realidade sua proposta de um mundo sem armas nucleares, apresentada em Praga há um ano.

Obama viajará na quarta-feira à capital tcheca para assinar com o presidente russo, Dmitri Medvedev, um novo tratado de redução de armamento atômico que substituirá o Start, de 1991, que expirou em dezembro de 2009.

EFE   
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