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Estados Unidos

EUA: 1 hora antes, Suprema Corte suspende execução de preso

24 mar 2010 - 19h51
(atualizado às 20h56)
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A Suprema Corte dos Estados Unidos deteve, nesta quarta-feira, a execução de um assassino condenado menos de uma hora antes do cumprimento da pena capital, depois de um apelo da França e de seus advogados de defesa para permitir a realização de novos exames de DNA. Henry "Hank" Skinner alega que a realização de novos exames de DNA comprovariam que ele não cometeu o triplo assassinato na noite de Ano Novo de 1993, pelo qual foi sentenciado à morte.

Em Paris, manifestantes protestam contra a execução de Skinner
Em Paris, manifestantes protestam contra a execução de Skinner
Foto: AP

Skinner, 47 anos, que atualmente é casado com uma ativista francesa contrária à pena capital, foi condenado no Texas em um julgamento, celebrado em 1995, em razão das mortes de sua namorada na época e dos dois filhos dela. O Estado do Texas recusou-se, mesmo às custas de Skinner, fazer os teste de DNA que, segundo ele, comprovariam que não foi o autor dos crimes.

A acusação demonstrou, durante o processo, a presença do acusado no local da tragédia, isto é, na própria casa, um fato que ele não contesta. Mas afirma que só uma terceira pessoa poderia ter dado os golpes, porque estava desmaiado no momento dos crimes. A presença de um coquetel de ansiolíticos, de comprimidos contra a dor e álcool em seu organismo havia sido confirmada num exame de sangue.

Há dez anos, Skinner recebeu o apoio de um professor de jornalismo da Northwestern University que refez a investigação com seus alunos. David Protess se disse convencido de que testes de DNA o eximiriam de toda a culpa. Mais cedo nesta quarta-feira, o embaixador da França em Washington fez contato com as autoridades texanas pedindo que a execução fosse suspensa.

Tanto o presidente francês, Nicolas Sarkozy, quando o chanceler, Bernard Kouchner, manifestaram apoio à esposa de Skinner, Sandrine Ageorges-Skinner. "O presidente da República (Nicolas Sarkozy) e o ministro (das Relações Exteriores, Bernard Kouchner) declararam à sua esposa francesa, Sandrine Ageorges-Skinner, "todo o apoio", segundo nota do Quai d'Orsay, o ministério das Relações Exteriores francesa.

Skinner devia ter sido executado às 18h locais desta quarta-feira, com injeção letal. O Texas executou 451 pessoas desde 1976, e os Estados Unidos liberaram 17 condenados já no corredor da morte nos últimos anos, graças a testes de DNA.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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