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América Latina

Damas de Branco fazem nova manifestação nas ruas de Havana

19 mar 2010 - 22h59
(atualizado às 23h02)
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Um grupo de 60 Damas de Branco, mulheres familiares de 75 opositores cubanos detidos em 2003, protestaram nesta sexta-feira pelas ruas de Havana pelo quinto dia consecutivo, rodeadas de policiais e centenas de partidários do Governo de Raúl Castro, que as insultaram e vaiaram, mas não houve incidentes maiores.

As mulheres saíram da casa de sua porta-voz, Laura Pollán, com flores na mão e roupas brancas, em duas filas, como é habitual nos protestos que se repetem desde que os dissidentes foram condenados a penas de até 28 anos de prisão, acusados de "mercenários" dos Estados Unidos. Ainda há 53 dissidentes presos.

Após desfilar por 20 minutos, as Damas de Branco entraram em uma igreja católica do centro da cidade para assistir à missa. Na saída, começou a contra-manifestação governista.

Os simpatizantes do regime cubano de Raúl Castro seguiram as Damas de Branco de volta à casa de Pollán gritando palavras ofensivas às manifestantes ou de apoio ao Governo.

Um triplo cordão de policiais uniformizados e agentes da segurança se interpôs entre as Damas de Branco, que permaneciam caladas, e os seguidores do Governo, que as repreendiam, em uma cena habitual em Havana todo mês de março, quando se completa o aniversário da chamada "Primavera Negra" de 2003.

O cortejo, que também incluía dezenas de correspondentes, se dissolveu pouco depois que as opositoras entraram na casa de sua porta-voz.

EFE   
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