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América Latina

Cem pessoas estariam presas em escombros de edifício no Chile

28 fev 2010 - 08h49
(atualizado às 10h04)
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Um segundo edifício desabou no sábado em Concepción, no sul do Chile, e 100 pessoas ficaram presas sob os escombros, depois que o país foi atingido por um dos terremotos mais fortes da história, disse neste domingo a prefeita da cidade, Jacqueline van Rysselberghe.

Havaí se prepara para tsunami após terremoto:

"As horas e o tempo são o fator crítico para salvar as pessoas que estão aqui dentro", disse a prefeita, entrevistada pelo canal estatal de televisão no local da tragédia. Ela criticou o governo chileno pela demora no envio de equipes de socorro. "É uma vergonha que não tenham conseguido chegar ontem", afirmou.

O sismo de magnitude 8,8 sacudiu na madrugada do sábado o centro e o sul do Chile, deixando ao menos 300 mortos e dois milhões de desabrigados.

Tragédia no Chile
Centenas de pessoas morreram após o terremoto de 8,8 graus na escala Richter registrado na madrugada de sábado (27) no Chile. A contagem de corpos chega a pelo menos 300, e o número de afetados, de 2 milhões, segundo o governo. A presidente Michelle Bachelet declarou "estado de catástrofe" no país.

O tremor teve epicentro no mar, a 59,4 km de profundidade, na região de Maule, no centro do país e a 300 km ao sul da capital, Santiago. Por isso, foi enviado um alerta de tsunami ao chile, Peru e Equador. Segundo fontes oficiais, o terremoto aconteceu às 3h26 pelo horário local (mesmo horário em Brasília). O número de vítimas mortais e de feridos pode aumentar.

Efeitos do estrago
Os danos materiais do terremoto ainda estão sendo avaliados. O muro de uma prisão veio abaixo com o abalo sísmico, o que causou a fuga de mais de 200 detentos na cidade de Chillán, a 401 quilômetros de Santiago. O aeroporto internacional de Santiago foi fechado devido a alguns danos em suas instalações, e várias pontes ficaram danificadas. A luz e o serviço de telecomunicações estão cortadas na região metropolitana e em Valparaíso foram registrados danos internos em edifícios. Os bombeiros correm as ruas de Santiago com megafones dando instruções à população.

Em alguns lugares, falta água potável. Pelo menos três hospitais na capital desabaram e na cidade de Concepción, cerca de 400 km ao sul de Santiago, o edifício do governo local desmoronou e pacientes estavam sendo transferidos dos hospitais, segundo rádios chilenas.

Mais forte que no Haiti
O movimento sísmico, muito mais poderoso que o mortífero terremoto que devastou o Haiti em janeiro, também causou pânico no popular balneário de Viña del Mar. De manhã, policiais e bombeiros percorriam as ruas em distintas cidades do país para verificar a magnitude dos danos e socorrer vítimas.

O terremoto ocorreu poucos dias antes de completar 25 anos do sismo que causou centenas de vítimas e destruiu várias localidades no litoral central do Chile, em 3 de março de 1985.

Com informações da Reuters, EFE e 20 minutos.es

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