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América Latina

Terremoto de 6,2 graus volta a abalar o Chile

28 fev 2010 - 08h43
(atualizado às 09h53)
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Um tremor de 6,2 graus na escala Richter abalou neste domingo as regiões central e sul do Chile, atingidas no ontem por um terremoto que deixou mais de 300 mortos. O sismo foi sentido hoje às 8h28 (na hora local e em Brasília) e abrangeu desde a região de Valparaíso, 100 quilômetros a noroeste da capital Santiago, até Concepción, 500 quilômetros a sul da capital.

Havaí se prepara para tsunami após terremoto:

O Serviço de Geologia dos Estados Unidos informou que o sismo teve magnitude de 6,2 graus na escala Richter, enquanto no Chile o Escritório Nacional de Emergência (Onemi) disse que a intensidade foi de 6 graus na escala internacional de Mercalli, que vai de um a 12, na região de Maule.

Em Santiago y Rancagua, esta última a 90 quilômetros da capital, a intensidade foi de 4 graus, a mesma que em Concepción, capital da região de Bío-Bío. Em Parral, também na região do Maule, foram registrados 5 graus de intensidade. Segundo Carmen Fernández, diretora do Onemi, os primeiros relatórios assinalam que se tratou na realidade de três tremores consecutivos.

Carmen disse que ainda não se sabe se o tremor causou novos danos, mas que é provável que tenha aumentado a destruição de construções já comprometidas pelo terremoto de ontem, de 8,8 graus de magnitude na escala Richter, segundo o Instituto Geológico dos Estados Unidos (USGS, em inglês).

Após o terremoto da madrugada de sábado, houve 110 réplicas, das quais mais da metade tiveram magnitudes superiores a 5 graus na escala Richter.

Tragédia no Chile
Centenas de pessoas morreram após o terremoto de 8,8 graus na escala Richter registrado na madrugada de sábado (27) no Chile. A contagem de corpos chega a pelo menos 300, e o número de afetados, de 2 milhões, segundo o governo. A presidente Michelle Bachelet declarou "estado de catástrofe" no país.

O tremor teve epicentro no mar, a 59,4 km de profundidade, na região de Maule, no centro do país e a 300 km ao sul da capital, Santiago. Por isso, foi enviado um alerta de tsunami ao chile, Peru e Equador. Segundo fontes oficiais, o terremoto aconteceu às 3h26 pelo horário local (mesmo horário em Brasília). O número de vítimas mortais e de feridos pode aumentar.

Efeitos do estrago
Os danos materiais do terremoto ainda estão sendo avaliados. O muro de uma prisão veio abaixo com o abalo sísmico, o que causou a fuga de mais de 200 detentos na cidade de Chillán, a 401 quilômetros de Santiago. O aeroporto internacional de Santiago foi fechado devido a alguns danos em suas instalações, e várias pontes ficaram danificadas. A luz e o serviço de telecomunicações estão cortadas na região metropolitana e em Valparaíso foram registrados danos internos em edifícios. Os bombeiros correm as ruas de Santiago com megafones dando instruções à população.

Em alguns lugares, falta água potável. Pelo menos três hospitais na capital desabaram e na cidade de Concepción, cerca de 400 km ao sul de Santiago, o edifício do governo local desmoronou e pacientes estavam sendo transferidos dos hospitais, segundo rádios chilenas.

Mais forte que no Haiti
O movimento sísmico, muito mais poderoso que o mortífero terremoto que devastou o Haiti em janeiro, também causou pânico no popular balneário de Viña del Mar. De manhã, policiais e bombeiros percorriam as ruas em distintas cidades do país para verificar a magnitude dos danos e socorrer vítimas.

O terremoto ocorreu poucos dias antes de completar 25 anos do sismo que causou centenas de vítimas e destruiu várias localidades no litoral central do Chile, em 3 de março de 1985.

Com informações da Reuters, EFE e 20 minutos.es

EFE   
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