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Mundo

Ondas de 1,5 m chegam ao Japão; alerta é o maior desde 1993

28 fev 2010 - 04h59
(atualizado às 06h52)
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A segunda leva de ondas chegou ao litoral da cidade de Iwate, no norte do Japão com ondas de 1,5 m. A primeira informação é de que as ondas, que chegaram por volta das 4h50 no horário de Brasília, mediam 1,2 m no Porto de Koji. As primeiras ondas chegaram ao país por volta da 1h30 e foram consideradas pequenas.

Segundo a agência local Kyodo, as ondas de 1,5 m chegaram ao porto Otsuchi Koji de Iwate (em Hontsu, a principal ilha do Japão), enquanto no Porto de Koji nessa mesma Prefeitura elas atingiram os 90 cm. Nas Prefeituras de Iwate, Aomori e Miyagi há um alerta de "grande tsunami", com risco de ondas de até de três metros, que, segundo a Kyodo, levou a ordenar a evacuação imediata de 320 mil pessoas residentes nas imediações do litoral.

No início da madrugada, a agência sismológica japonesa determinou a retirada de mais de 10 mil habitantes do litoral da prefeitura de Sendai, no norte do arquipélago.

Na Rússia, o alerta de tsunami levou à evacuação dos habitantes do litoral da península de Kamtchatka e das Ilhas Sakhalinas, onde são esperadas ondas de até dois metros, segundo a agência RIA Novosty, que cita fontes oficiais. Segundo informações da agência Reuters, ondas de cerca de 70 cm atingiram a costa da Rússia por volta das 2h30 no horário de Brasília.

A Agência Meteorológica do Japão emitiu no início da madrugada deste domingo um alerta de "grande tsunami" no litoral nordeste do país perante a possível chegada de ondas que poderiam chegar a três metros.

Trata-se do maior alerta de tsunami declarado no Japão nos últimos 17 anos. O motivo por causa do grave terremoto ocorrido no sábado de madrugada no Chile de 8,8 graus de magnitude na escala aberta de Richter, e as autoridades japonesas pediram a evacuação do litoral das zonas em alerta 'imediatamente'.

O alerta é de "grande tsunami" para três províncias do norte da ilha de Honshu, a principal do Japão (Aomori, Iwate e Miyagi), enquanto no resto do litoral japonês do Pacífico e no arquipélago meridional de Okinawa o alerta é laranja, com risco de ondas de até dois metros.

Também em algumas regiões do litoral ocidental do Mar do Japão foi declarado o alerta amarelo pela possibilidade de ondas de perto de meio metro, de acordo com a Agência Meteorológica japonesa.

Segundo cálculos da agência local de notícias Kyodo, cerca de 35 mil pessoas das regiões mais em risco foram alertadas para que abandonem seus lares, enquanto os serviços de guarda-costeira recomendaram os navios que não operem no litoral de Iwate. A companhia ferroviária East Japan Railway decidiu paralisar os serviços em várias áreas litorâneas como Aomori, onde também foram suspensas as eleições municipais previstas para este domingo.

A Agência Meteorológica do Japão alertou que o aviso de tsunami previsivelmente se manterá durante um período de tempo maior do habitual, pois teme-se que a segunda e terceira saraivada de ondas sejam piores que as primeiras.

Tragédia no Chile
Centenas de pessoas morreram após o terremoto de 8,8 graus na escala Richter registrado na madrugada de sábado (27) no Chile. A contagem de corpos pode passar de 300, e o número de afetados, de 2 milhões, segundo o governo. A presidente Michelle Bachelet declarou "estado de catástrofe" no país.

O tremor teve epicentro no mar, a 59,4 km de profundidade, na região de Maule, no centro do país e a 300 km ao sul da capital, Santiago. Por isso, foi enviado um alerta de tsunami ao chile, Peru e Equador. Segundo fontes oficiais, o terremoto aconteceu às 3h26 pelo horário local (mesmo horário em Brasília). O número de vítimas mortais e de feridos pode aumentar.

Efeitos do estrago
Os danos materiais do terremoto ainda estão sendo avaliados. O muro de uma prisão veio abaixo com o abalo sísmico, o que causou a fuga de mais de 200 detentos na cidade de Chillán, a 401 quilômetros de Santiago. O aeroporto internacional de Santiago foi fechado devido a alguns danos em suas instalações, e várias pontes ficaram danificadas. A luz e o serviço de telecomunicações estão cortadas na região metropolitana e em Valparaíso foram registrados danos internos em edifícios. Os bombeiros correm as ruas de Santiago com megafones dando instruções à população.

Em alguns lugares, falta água potável. Pelo menos três hospitais na capital desabaram e na cidade de Concepción, cerca de 400 km ao sul de Santiago, o edifício do governo local desmoronou e pacientes estavam sendo transferidos dos hospitais, segundo rádios chilenas.

Mais forte que no Haiti
O movimento sísmico, muito mais poderoso que o mortífero terremoto que devastou o Haiti em janeiro, também causou pânico no popular balneário de Viña del Mar. De manhã, policiais e bombeiros percorriam as ruas em distintas cidades do país para verificar a magnitude dos danos e socorrer vítimas.

O terremoto ocorreu poucos dias antes de completar 25 anos do sismo que causou centenas de vítimas e destruiu várias localidades no litoral central do Chile, em 3 de março de 1985.

Com informações da Reuters, EFE e 20 minutos.es

Moradores de Miyagi, no norte, param para ver a chegada do tsunami. Foto: AP
Moradores de Miyagi, no norte, param para ver a chegada do tsunami. Foto: AP
Foto: AP
Fonte: Redação Terra
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