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Terremoto de 8,8 graus no Chile deixa centenas de mortos

27 fev 2010 - 06h25
(atualizado em 28/2/2010 às 13h46)
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Pelo menos 400 pessoas morreram após o terremoto de 8,8 graus na escala Richter registrado na madrugada deste sábado, no Chile, informou o canal estatal Televisión Nacional. A presidente Michelle Bachelet declarou "estado de catástrofe" no país.

Carros ficam virados sobre rodovia elevada que desabou nas proximidades de Santiago
Carros ficam virados sobre rodovia elevada que desabou nas proximidades de Santiago
Foto: AP

Um terremoto de 8,8 graus na escala Richter, com epicentro no mar, sacudiu o centro do Chile, a 300 km ao sul da capital Santiago, segundo dados do Instituto Geológico dos Estados Unidos (USGS).

O chefe do ONEMI, Oswaldo Malsandi, disse que o abalo aconteceu às 3h26 pelo horário local (mesmo horário em Brasília) e teve epicentro a 90 km da cidade de Concepción. O número de vítimas mortais e feridos pode aumentar.

O tremor teve epicentro no mar, a 59,4 km de profundidade, na região de Maule, no centro do país, e por isso foi enviando um alerta de tsunami ao chile, Peru e Equador.

Oito dos mortos foram contabilizados em um incêndio na planta química do município de Colima e, segundo o intendente Igor Garafulic, está sendo avaliada o perigo da nuvem tóxica.

Segundo o ministro do Interior, Edmundo Pérez Yoma, 34 das mortes foram registradas na região do Maule, a 300 quilômetros ao sul de Santiago. Ainda ocorreram 13 mortes em Santiago, dez na região de O'Higgins, quatro em Valparaíso e três em Araucania, a 670 quilômetros ao sul de Santiago.

Na região do Bio-Bio, a 500 quilômetros de Santiago, foram confirmadas dez mortes, mas se presume que exista um número maior, segundo o subsecretário do Interior, Patrício Rosende. Até o momento persistem problemas de comunicação, disse o funcionário, que confirmou que o governo declarou estado de catástrofe em todo o território atingido pelo sismo, entre as regiões de Valparaíso e Araucania, que abrange 800 quilômetros do país.

Com relação aos danos materiais, ainda estão sendo avaliados. O aeroporto internacional de Santiago foi fechado devido alguns danos em suas instalações e informou que várias pontes ficaram danificadas.

A luz e o serviço de telecomunicações estão cortadas na região metropolitana e em Valparaíso foram registrados danos internos em edifícios. Os bombeiros correm as ruas de Santiago com megafones dando instruções à população.

Bachelet presidiu nesta manhã a reunião do comitê de Emergência, da qual participaram os ministros de Obras Públicas, Saúde e Defesa, assim como o Exército.

Em Santiago, há um forte movimento de automóveis e muitos cidadãos perambulam pelas ruas. Em alguns lugares, falta água potável. Pelo menos três hospitais na capital desabaram e na cidade de Concepción, cerca de 400 quilômetros ao sul de Santiago, o edifício do governo local desmoronou e pacientes estavam sendo transferidos dos hospitais, segundo rádios chilenas.

Na escala Mercalli, que mede a intensidade, o terremoto alcançou 8 graus na região metropolitana, de 5 a 6 na região de Valparaíso, de 4 a 5 na região dos Lagos e em Coquimbo de 3 a 4.

O movimento sísmico, muito mais poderoso que o mortífero terremoto que devastou o Haiti em janeiro, também causou pânico no popular balneário de Viña del Mar. De manhã, policiais e bombeiros percorriam as ruas em distintas cidades do país para verificar a magnitude dos danos e socorrer vítimas.

"Eu vi os carros caindo e não sabia o que fazer. Estava sozinho aqui", disse Mario Riveros, segurança de uma fábrica em Santiago, parado junto a uma ponte que desabou. "Me deu vontade de chorar", acrescentou.

O terremoto ocorreu poucos dias antes de completar 25 anos do sismo que causou centenas de vítimas e destruiu várias localidades no litoral central do Chile, em 3 de março de 1985.

Com informações da Reuters, EFE e 20 minutos.es

Fonte: Redação Terra
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