Assassinato em Dubai foi "terrorismo de Estado", afirma Irã
O assassinato de um dirigente do grupo radical Hamas em Dubai, supostamente cometido pelo serviço secreto israelense, foi um ato de "terrorismo de Estado", declarou nesta terça-feira o porta-voz do ministério iraniano das Relações Exteriores, Ramin Mehmanparast.
"O assassinato de Dubai é uma marca de terrorismo de Estado por parte de Israel (...). A própria existência de Israel é baseada em atividades terroristas", afirmou o porta-voz, citado pelo canal de televisão estatal iraniano em inglês Press TV.
Os investigadores de Dubai estão convencidos de que o Mossad, o serviço secreto israelense, está envolvido na morte de Mahmud Al-Mabhuh, um dos fundadores do braço armado do Hamas, cujo corpo sem vida foi encontrado no dia 20 de janeiro em um quarto de hotel.
Segundo a polícia de Dubai, alguns membros do comando que assassinou Mahmud Al-Mabhuh possuíam falsos passaportes britânicos, irlandeses, franceses e alemães.
Os ministros das Relações Exteriores dos países da União Europeia desaprovaram o assassinato na segunda-feira, mas sem mencionar Israel.
Para o porta-voz iraniano, o episódio "deixa a Europa em apuros".