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Mundo

Brasil repudia golpe no Níger e pede ordem constitucional

20 fev 2010 - 13h57
(atualizado às 14h13)
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O Governo brasileiro manifestou seu "repúdio" ao golpe militar que na quinta-feira passada derrubou o presidente do Níger, Mamadou Tandja, e pediu serenidade e o restabelecimento da ordem constitucional e democrática.

"O Brasil se associa às manifestações de repúdio à quebra da normalidade democrática já externadas pela União Africana e pela Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental", diz um comunicado do Ministério das Relações Exteriores.

Após apontar que "acompanha com preocupação os acontecimentos ocorridos", o Governo "exorta as autoridades e a sociedade nigerenses a manterem a serenidade e a atuarem com moderação, de forma a preservar o quadro político-institucional e a restabelecer a ordem constitucional e democrática no país".

Na quinta-feira passada, militares se apresentaram como os dirigentes do autodenominado Conselho Supremo para a Restauração da Democracia (CSRD), depois de terem destituído o presidente Tandja, dissolvido o Governo e suspendido a Constituição.

O golpe de Estado do CSRD, que também estabeleceu o toque de recolher e fechou as fronteiras do país, veio após meses de tensão pela decisão de Tandja de ampliar seu mandato além dos dois períodos de cinco anos estabelecidos pela Constituição do país.

Tandja dissolveu o Parlamento, que se opôs a suas intenções, e destituiu os membros do Tribunal Constitucional, que declararam a reforma da Carta Magna como ilegal.

Em agosto passado, o presidetne deposto ganhou por grande maioria o plebiscito para modificar a Constituição em meio a acusações de fraude e de golpismo disfarçado por parte dos partidos de oposição.

EFE   
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