Israel descarta crise diplomática por morte de líder do Hamas
Israel não acredita que o uso de passaportes estrangeiros supostamente falsos pelo grupo que matou em Dubai o líder do Hamas Mahmoud al-Mabhuh possa gerar uma crise diplomática com países amigos, dadas as suspeitas de que o crime foi obra do Mossad, o serviço secreto israelense no exterior.
"Não tememos que isto seja capaz de gerar uma crise. Não existe uma relação concreta de Israel com o caso e as autoridades de Dubai também não nos Israel", disse hoje à agência EFE o porta-voz do Ministério de Assuntos Exteriores israelense, Yigal Palmor.
O Reino Unido e a Irlanda organizaram para hoje uma reunião com representantes de Israel para falar do assunto dos passaportes na morte de Mabhuh, assassinado em 19 de janeiro em um hotel de Dubai, a capital dos Emirados Árabes Unidos.
A polícia de Dubai emitiu ordens de busca e captura contra 11 pessoas, cujos passaportes falsos indicavam que elas eram britânicas (6), irlandesas (3), alemã (1) e francesa (1).
Palmor ressaltou que a diplomacia britânica fez um "convite" ao embaixador israelense, Ron Prosor, o que, destacou, mostra uma vontade de "não dramatizar nem de acrescentar mais histeria" à situação.
Além da já descartada crise diplomática, Israel enfrenta a possibilidade de uma resposta do braço armado do Hamas, as Brigadas de Ezzedine al-Qassam, para cuja fundação contribuiu o líder morto em Dubai.