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Oriente Médio

Obrigado, Israel muda traçado de muro na Cisjordânia

12 fev 2010 - 11h48
(atualizado às 11h57)
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Cerca de dois anos e meio depois da ordem da Suprema Corte, Israel começou a modificar o traçado do muro de separação construído em torno da aldeia de Bilin, no território ocupado da Cisjordânia.

A alteração devolverá aos moradores de Bilin, que protestam toda sexta-feira junto a ativistas israelenses e palestinos, cerca de 700 mil metros quadrados de terras de cultivo. Essas terras tinham ficado do outro lado da barreira para facilitar a expansão do assentamento judaico de Modiin Ilit.

Cerca de 150 mil metros quadrados de terrenos do povoado seguirão do lado oeste da barreira, que Israel começou a construir em 2002, pouco depois do início da Segunda Intifada.

Em setembro de 2007, a Suprema Corte de Justiça de Israel ordenou ao Poder Executivo e ao Exército a mudança do traçado do muro na altura de Bilin, o que o movimento de resistência popular palestino, que tinha tomado a causa como bandeira, interpretou como uma pequena vitória.

Desde então, o Poder Judiciário teve que lembrar em várias ocasiões que o Exército está obrigado a cumprir as sentenças da máxima corte rapidamente.

Segundo a ONU, até agora Israel completou pouco mais de 400 dos 710 quilômetros previstos da barreira. Deles, 85% estarão em território cisjordaniano e apenas 15% na chamada Linha Verde, fronteira imaginária aceita internacionalmente após a primeira guerra árabe-israelense (1948-49).

Grande parte da barreira é como um alambrado, mas quando passa pelos núcleos urbanos se transforma em um muro de concreto de até 8 metros de altura.

EFE   
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