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América Latina

Senegal propõe criar novo país na África para haitianos

31 jan 2010 - 09h13
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A União Africana (UA) aceitou, neste domingo, estudar a proposta de Senegal para reassentar os haitianos desabrigados após o terremoto que atingiu o país e possivelmente criar um Estado para o grupo no continente africano. A informação é da Reuters.

ONU homenageia funcionários que morreram no Haiti:

A ideia foi do presidente senegalês Abdoulaye Wade que disse que a história dos haitianos como descendentes de escravos africanos dão a eles o direito de uma nova vida no continente. O chefe da UA, Jean Ping, disse que discutirá a proposta com os outros países do bloco.

Wade disse que Senegal e outros Estados africanos deveriam naturalizar qualquer haitiano que solicitar uma nova nacionalidade. Ele também defendeu um programa de adoção em massa para os órfãos do terremoto.

A ideia de um novo Estado relembra a criação da Libéria por escravos libertos dos EUA, no século XIX. O país no oeste africano está atualmente se recuperando da guerra civil de 1999 e espera expandir a economia através da exploração de campos de petróleo recém descobertos em seu litoral.

Terremoto

Um terremoto de magnitude 7 na escala Richter atingiu o Haiti no último dia 12, às 16h53 no horário local (19h53 em Brasília). Com epicentro a 15 km da capital, Porto Príncipe, segundo o Serviço Geológico Norte-Americano, o terremoto é considerado pelo órgão o mais forte a atingir o país nos últimos 200 anos.

Dezenas de prédios da capital caíram e deixaram moradores sob escombros. Importantes edificações foram atingidas, como prédios das Nações Unidas e do governo do país. O governo haitiano confirmou a morte de 150 mil pessoas. O Haiti é o país mais pobre do continente americano.

Morte de brasileiros

A fundadora e coordenadora internacional da Pastoral da Criança, Organismo de Ação Social da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Zilda Arns, o diplomata Luiz Carlos da Costa, segunda maior autoridade civil da Organização das Nações Unidas (ONU) no Haiti, o tenente da Polícia Militar do Distrito Federal Cleiton Batista Neiva, e pelo menos 18 militares brasileiros da missão de paz da ONU morreram durante o terremoto. Também foi confirmada a morte de uma brasileira com dupla nacionalidade, cuja identidade não foi divulgada.

O Brasil no Haiti

O Brasil chefia a missão de paz da ONU no país (Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti, ou Minustah, na sigla em francês), que conta com cerca de 7 mil integrantes. Segundo o Ministério da Defesa, 1.266 militares brasileiros servem na força. Ao todo, são 1.310 brasileiros no Haiti.

A missão de paz foi criada em 2004, depois que o então presidente Jean-Bertrand Aristide foi deposto durante uma rebelião. Além do prédio da ONU, o prédio da Embaixada Brasileira em Porto Príncipe também ficou danificado, mas segundo o governo, não há vítimas entre os funcionários brasileiros.

Fonte: Redação Terra
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