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Oriente Médio

Rei da Jordânia pede sinal claro dos EUA para processo de paz

29 jan 2010 - 14h38
(atualizado às 14h45)
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O Rei Abdullah II da Jordânia pediu nesta sexta-feira aos Estados Unidos "um sinal claro para impulsionar o processo de paz no Oriente Médio", em entrevista publica durante uma sessão da 40ª edição do Fórum Econômico Mundial, realizado na cidade suíça de Davos.

Questionado sobre tal necessidade, Abdullah II contestou que a "credibilidade" dos EUA seria posta em dúvida se o país não se envolver de forma mais firme para solucionar o conflito que há décadas coloca frente a frente israelenses e palestinos, e daí toda a região.

"Necessitamos desesperadamente dos Estados Unidos", reiterou.

Consultado sobre a possibilidade - proposta pela direita israelense - que parte da Cisjordânia se incorpore ao reino da Jordânia, o monarca rejeitou taxativamente a ideia.

"A Jordânia não assumirá lugar algum da Cisjordânia. A única solução aceitável e viável é o estabelecimento de dois Estados", assegurou, e acrescentou: "O desafio é convencer a população israelense. Muitos dos políticos aceitam e entendem que a única solução é ter dois Estados, mas convencer o povo é mais difícil".

Em relação ao Irã e a sua suposta ameaça à segurança de Israel, o rei foi claro.

"Se resolvermos o problema da Palestina, também resolveremos o problema do Irã".

"Resolvido o problema da Palestina, por que Irã ia investir tanto dinheiro em um programa militar caríssimo? Mas lembremos que Israel sempre teve algum grande inimigo. No passado foi o Egito, agora é o Irã, se o problema da Palestina for solucionado, a existência de tal inimigo não teria razão de ser".

Para Abdullah II o problema palestino é também a origem que no Oriente Médio e no mundo muçulmano em geral não haja vozes suficientes que rejeitam o extremismo e a violência islamita.

Por isso que reiterou a necessidade de resolver "o mais rápido possível" a situação na Palestina.

EFE   
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