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Oriente Médio

Ministro israelense considera falta de fronteiras uma ameaça

26 jan 2010 - 10h29
(atualizado às 10h45)
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O ministro da Defesa de Israel, Ehud Barak, disse nesta terça que a ausência de acordos que delimitem as fronteiras definitivas do Estado de Israel representa "a ameaça mais séria para o futuro" do país, mais que o plano nuclear iraniano.

"A falta de uma solução para o problema da demarcação fronteiriça dentro da histórica Terra de Israel (que abrange pelo menos Israel e os territórios palestinos), e não uma bomba iraniana, é a ameaça mais séria para o futuro de Israel", disse Barak, em uma conferência na Universidade de Bar-Ilan, nos arredores de Tel Aviv.

O titular da Defesa e primeiro-ministro entre 1999 e 2001 defendeu o "interesse" do país em "traçar uma fronteira que tenha para sempre uma maioria judaica, junto a um país que reúna as aspirações dos palestinos".

"Temos uma responsabilidade histórica em olhar a realidade e entender que não fixar uma fronteira na Terra de Israel com uma maioria judaica dentro e uma maioria palestina fora seria a maior ameaça para o sionismo e o povo de Israel", disse.

Barak considerou, portanto, imprescindível renunciar ao sonho da Grande Israel para evitar que o Estado judeu "se transforme em binacional" ou "de apartheid".

"Somos os mais fortes na região, mas o tempo não está em nosso lado (...). Temos que dar esse passo doloroso. Há milhões de palestinos nesta região. Se votam, isso se transformará em um Estado binacional e, se não, em um estado de apartheid", sentenciou.

EFE   
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