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Oriente Médio

EUA apelarão contra Blackwater por morte de civis no Iraque

23 jan 2010 - 14h36
(atualizado às 15h30)
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O governo dos Estados Unidos pretende apelar contra a rejeição das acusações contra a empresa de segurança privada Blackwater pela morte de iraquianos, determinada por um juiz americano no último dia 1º de janeiro, informou neste sábado o vice-presidente Joe Biden.

Depois de se reunir em Bagdá, onde chegou ontem à noite, com o presidente iraquiano, Jalal Talabani, Biden afirmou que "o Governo dos EUA apelará da decisão no caso da Blackwater, em correspondência com o pedido do governo iraquiano".

Após saber da decisão do juiz americano, em 1º de janeiro, o primeiro-ministro iraquiano, Nouri al-Maliki, disse que seu governo processaria a companhia de segurança. Cinco agentes privados foram acusados de homicídio proposital e infração no uso de armas pela morte de 14 civis e ferimentos a mais de 20 pessoas. No tiroteio, 17 pessoas morreram, mas só o caso de três pode ser considerado legítima defesa, segundo uma investigação do FBI (Polícia Federal americana).

Biden chegou na sexta-feira de surpresa à capital iraquiana e neste sábado se reuniu com o presidente Talabani e com o primeiro-ministro Nouri al-Maliki. Segundo uma nota de seu gabinete, Maliki falou com Biden sobre os preparativos para as eleições iraquianas, em 7 de março e o plano para a retirada definitiva das tropas americanas do país árabe.

Sobre a proibição de disputar as eleições determinada a mais de 500 candidatos por seus supostos vínculos com o partido Baath de Saddam Hussein, Maliki afirmou que foi feito "conforme os mecanismos constitucionais e legais". Biden afirmou que sua visita "se inscreve dentro da vontade comum de desenvolver as relações entre os dois países", e deu o apoio da Casa Branca ao processo eleitoral iraquiano.

"Temos certeza de que a democracia no Iraque amadureceu muito e esperamos que as eleições aconteçam em um ambiente de liberdade e justiça. São muito importantes e contribuirão para a transição democrática para, finalmente, virar a página da ditadura sofrida pelo Iraque durante o regime anterior", disse.

Biden, que já tinha estado recentemente na capital iraquiana, em setembro do ano passado, se reuniu com o presidente iraquiano, diante do qual insistiu na importância da reconciliação nacional no Iraque. Durante sua visita de setembro, um ataque com bombas contra a Zona Verde de Bagdá causou a morte de uma mulher e da filha dela.

EFE   
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