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América Latina

Balanço de mortos no Haiti ultrapassa 100 mil pessoas

22 jan 2010 - 21h17
(atualizado às 23h17)
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O número de pessoas mortas em consequência do terremoto que devastou o Haiti no dia 12 de janeiro já passa de 100 mil, chegando a 111.499, segundo um comunicado divulgado nesta sexta-feira pelo Ministério do Interior haitiano. Até esta sexta, o balanço de mortos oficial, mantido pelas autoridades haitianas, estava em 75 mil pessoas.

Família passa próxima ao corpo de uma das vítimas do terremoto que atingiu Porto Príncipe
Família passa próxima ao corpo de uma das vítimas do terremoto que atingiu Porto Príncipe
Foto: AFP

A cifra de 150 mil a 200 mil mortos havia sido levantada pelos americanos, mas o general Ken Keen, que coordena a força especial americana no Haiti, indicou que se tratava apenas de "uma hipótese de trabalho". A Organização das Naçõe Unidas estima que pelo menos três milhões de haitianos tenham sido afetados pelo tremor.

O novo balanço apresentado nesta sexta dá conta de 193.891 pessoas feridas no terremoto, que alcançou 7 graus na escala Richter. Segundo o Ministério do Interior haitiano, mais de 55 mil famílias foram afetadas pelo desastre, enquanto 609.621 estão atualmente alojadas nos cerca de 500 campos instalados para receber os desabrigados.

Mais de 11 mil casas ficaram completamente destruídas e pelo menos 32 mil foram danificadas pelo abalo, ainda de acordo com o ministério.

Terremoto

Um terremoto de magnitude 7 na escala Richter atingiu o Haiti no último dia 12, às 16h53 no horário local (19h53 em Brasília). Com epicentro a 15 km da capital, Porto Príncipe, segundo o Serviço Geológico Norte-Americano, o terremoto é considerado pelo órgão o mais forte a atingir o país nos últimos 200 anos.

Dezenas de prédios da capital caíram e deixaram moradores sob escombros. Importantes edificações foram atingidas, como prédios das Nações Unidas e do governo do país. Estimativas mais recentes do governo haitiano falam em mais de 200 mil mortos e 75 mil corpos já enterrados. O Haiti é o país mais pobre do continente americano.

Morte de brasileiros

A fundadora e coordenadora internacional da Pastoral da Criança, Organismo de Ação Social da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Zilda Arns, o diplomata Luiz Carlos da Costa, segunda maior autoridade civil da Organização das Nações Unidas (ONU) no Haiti, o tenente da Polícia Militar do Distrito Federal Cleiton Batista Neiva, e pelo menos 18 militares brasileiros da missão de paz da ONU morreram durante o terremoto. Também foi confirmada a morte de uma brasileira com dupla nacionalidade, cuja identidade não foi divulgada.

O Brasil no Haiti

O Brasil chefia a missão de paz da ONU no país (Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti, ou Minustah, na sigla em francês), que conta com cerca de 7 mil integrantes. Segundo o Ministério da Defesa, 1.266 militares brasileiros servem na força. Ao todo, são 1.310 brasileiros no Haiti.

A missão de paz foi criada em 2004, depois que o então presidente Jean-Bertrand Aristide foi deposto durante uma rebelião. Além do prédio da ONU, o prédio da Embaixada Brasileira em Porto Príncipe também ficou danificado, mas segundo o governo, não há vítimas entre os funcionários brasileiros.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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