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vc repórter: missa em Blumenau homenageia Zilda Arns

18 jan 2010 - 09h47
(atualizado em 19/1/2010 às 13h11)
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Uma missa realizada na noite deste domingo na Catedral São Paulo Apóstolo, no centro de Blumenau (SC), homenageou a médica pediatra e fundadora da Pastoral da Criança, Zilda Arns, morta no terremoto que atingiu o Haiti na última terça-feira (12).

Velório de Zilda Arns atrai caravanas de todo o Brasil:

"A celebração foi presidida por Dom José Negri, bispo da Diocese de Blumenau, e co-celebrada pelo padre João Bachmann", conta o internauta Jaime Batista da Silva. Também estiveram presentes os voluntários das pastorais da criança e do idoso de Blumenau e região.

Natural de Santa Catarina, do município de Forquilhinha, Arns deixará saudade em todo o Brasil. Uma carta, lida por uma voluntária no final da missa, emocionou os devotos que lotaram a igreja.

"No ano de 2004, Dra. Zilda visitou Blumenau pela primeira vez, quando aprendemos a amar ainda mais a Pastoral por ela fundada. Entre nós, no Brasil e em todo o mundo, com sua generosidade e fé, nasceu e cresceu verdadeiro exército de voluntariado que tem salvado milhares de crianças da desnutrição, da morte", publicou o padre Raul Kestring, no site da Diocese de Blumenau.

Terremoto

Um terremoto de magnitude 7 na escala Richter atingiu o Haiti nessa terça-feira, às 16h53 no horário local (19h53 em Brasília). Com epicentro a 15 km da capital, Porto Príncipe, segundo o Serviço Geológico Norte-Americano, o terremoto é considerado pelo órgão o mais forte a atingir o país nos últimos 200 anos.

Dezenas de prédios da capital caíram e deixaram moradores sob escombros. Importantes edificações foram atingidas, como prédios das Nações Unidas e do governo do país. Estimativas mais recentes do governo haitiano falam em mais de 200 mil mortos e 50 mil corpos já enterrados. O Haiti é o país mais pobre do continente americano.

Morte de brasileiros

A fundadora e coordenadora internacional da Pastoral da Criança, Organismo de Ação Social da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Zilda Arns, o diplomata Luiz Carlos da Costa, segunda maior autoridade civil da Organização das Nações Unidas (ONU) no Haiti, e pelo menos 16 militares brasileiros da missão de paz da ONU morreram durante o terremoto. Dois militares estão desaparecidos.

O ministro da Defesa, Nelson Jobim, e comandantes do Exército chegaram na noite de quarta-feira à base brasileira no país para liderar os trabalhos do contingente militar brasileiro no Haiti. O Ministério das Relações Exteriores do Brasil anunciou que o país enviará até US$ 15 milhões para ajudar a reconstruir o país. Além dos recursos financeiros, o Brasil doará 28 t de alimentos e água para a população do país. A Força Aérea Brasileira (FAB) disponibilizou oito aeronaves de transporte para ajudar as vítimas.

O Brasil no Haiti

O Brasil chefia a missão de paz da ONU no país (Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti, ou Minustah, na sigla em francês), que conta com cerca de 7 mil integrantes. Segundo o Ministério da Defesa, 1.266 militares brasileiros servem na força. Ao todo, são 1.310 brasileiros no Haiti.

A missão de paz foi criada em 2004, depois que o então presidente Jean-Bertrand Aristide foi deposto durante uma rebelião. Além do prédio da ONU, o prédio da Embaixada Brasileira em Porto Príncipe também ficou danificado, mas segundo o governo, não há vítimas entre os funcionários brasileiros.

O internauta Jaime Batista da Silva, de Blumenau (SC), participou do vc repórter, canal de jornalismo participativo do Terra. Se você também quiser mandar fotos, textos ou vídeos, clique aqui.

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