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América Latina

Senegal oferece terra para "retorno" de haitianos à África

17 jan 2010 - 11h24
(atualizado às 11h55)
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O presidente senegalês, Abdulaye Wade, declarou neste domingo que deseja favorecer o "retorno" dos haitianos à África, oferecendo uma terra aos descendentes de escravos após o terremoto devastador de terça-feira.

infográfico info haiti grana assistência internacional
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Foto: Reuters

"A sucessão de calamidades que afetam o Haiti me levam a propor uma solução radical: criar na África, em algum lugar, certamente com africanos, com a União Africana, um espaço, a determinar com os haitianos, para criar ali as condições de retorno dos haitianos", disse o presidente senegalês em entrevista à rádio France Info.

Ao afirmar que o retorno poderia acontecer de uma só vez ou em várias viagens se envolver vários países, considerou importante "dar esta oportunidade aos haitianos".

"Não escolheram seguir para esta ilha e não seria a primeira vez que ex-escravos ou seus descendentes seriam devolvidos à África. É o caso da Libéria, onde tiveram que integrar-se à população local para formar atualmente a nação liberiana", declarou Wade.

Terremoto

Um terremoto de magnitude 7 na escala Richter atingiu o Haiti nessa terça-feira, às 16h53 no horário local (19h53 em Brasília). Com epicentro a 15 km da capital, Porto Príncipe, segundo o Serviço Geológico Norte-Americano, o terremoto é considerado pelo órgão o mais forte a atingir o país nos últimos 200 anos.

Dezenas de prédios da capital caíram e deixaram moradores sob escombros. Importantes edificações foram atingidas, como prédios das Nações Unidas e do governo do país. Estimativas mais recentes do governo haitiano falam em mais de 200 mil mortos e 50 mil corpos já enterrados. O Haiti é o país mais pobre do continente americano.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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