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Lula diz que militares mortos no Haiti foram heróis

15 jan 2010 - 15h24
(atualizado às 17h54)
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a pedir um minuto de silêncio em homenagem às vítimas do terremoto do Haiti nesta sexta-feira e questionou se é justo que o tremor tenha atingido o país mais pobre das Américas. Referindo-se aos soldados brasileiros que integravam a força de paz das Nações Unidas no Haiti e morreram no terremoto, Lula disse que os "14 heróis estavam lá em nome da nossa pátria" ajudando o povo haitiano.

Lula: Haiti nunca teve chances:

"Fomos pegos de surpresa por um terremoto num dos países mais pobres do mundo. Eu às vezes fico pensando se é justo que o terremoto tenha se dado exatamente no Haiti, um Estado que não está organizado", disse Lula em discurso no lançamento da pedra fundamental de refinaria da Petrobras na cidade de Bacabeira, no Maranhão. "Foi o primeiro Estado da América Latina e o primeiro Estado negro a conquistar a independência. Mas eles nunca tiveram chance na vida: um tempo os ingleses invadiram, um tempo os franceses, os americanos."

Lula afirmou que o terremoto matou milhares, mas que ainda não há cifras quanto às mortes. Ele disse que o país não dispõe de estrutura para realizar uma apuração rápida e não tem sequer máquinas pesadas para retirar o concreto que ruiu sobre as vítimas.

O presidente disse que o Brasil enviou ao Haiti aviões com alimentos, equipamentos de socorro, comunicação e resgate, além de bombeiros com cães farejadores. O País disponibilizou ainda US$ 15 milhões para o Haiti.

Quatorze soldados brasileiros morreram no tremor e há quatro desaparecidos "que possivelmente estão mortos", afirmou Lula. Ele mencionou ainda a morte da médica Zilda Arns, fundadora da Pastoral da Criança, "uma mulher exemplar". O presidente irá ao velório da fundadora da Pastoral da Criança no Paraná ainda nesta tarde.

Outro brasileiro que está desaparecido no Haiti é Luiz Carlos da Costa, segundo civil mais importante na hierarquia da missão de paz da Organização das Nações Unidas (ONU) no Haiti. O presidente já havia pedido um minuto de silêncio na quarta-feira, dia seguinte ao terremoto.

Com agências

Fonte: Redação Terra
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