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América Latina

Farc denunciam plano colombiano para desestabilizar Equador

28 dez 2009 - 01h00
(atualizado às 03h29)
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As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) alertaram para a existência de um suposto plano de desestabilização do governo do presidente equatoriano, Rafael Correa, por parte de paramilitares colombianos infiltrados. A suposta trama foi denunciada pela Frente 48 das Farc em comunicado divulgado na internet pela "Agência de Notícias Nova Colômbia" (Anncol), próxima à organização insurgente.

A Frente 48 atua na fronteira sul da Colômbia com o Equador e era o responsável pela segurança de Raúl Reyes, segundo no comando das Farc e seu porta-voz internacional. Reyes morreu no bombardeio colombiano de março de 2008 contra seu acampamento nas selvas do norte equatoriano, ataque que gerou uma crise diplomática que Quito e Bogotá começaram a superar em setembro passado.

Em uma chamada às comunidades fronteiriças, as Farc pediram uma maior colaboração e a criação de um "inquebrável muro humano" na região. "Este muro serve para evitar a entrada no Equador de elementos paramilitares com fins desestabilizadores, obedecendo aos planos de desintegração latino-americanos do 'Império gringo', através do 'Caim' da América, Álvaro Uribe Vélez (o presidente colombiano)", diz o comunicado da Frente.

Na mensagem, a mesma facção insurgente prometeu aos equatorianos que continuará denunciando ao mundo "a agressão e provocação permanente do Exército colombiano na zona fronteiriça e suas incursões em território da república irmã". "São ações que acontecem sob as ordens do Pentágono e dos planos expansionistas de Washington, que pretendem achatar a soberania de nossas nações", acrescentou a frente das Farc, que também criticou o tom "arrogante e depreciativo" dos militares colombianos com os equatorianos.

EFE   
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