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Mundo

Restrição religiosa afeta dois terços da população mundial

17 dez 2009 - 00h32
(atualizado às 03h41)
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Pelo menos dois terços da população do mundo vivem em países que aplicam restrições à liberdade religiosa, assinalou nesta quinta-feira um estudo do Centro Pew de Pesquisas de Washington.

O estudo, baseado em dados fornecidos pelo Departamento de Estado de EUA, pela organização Human Rights Watch (HRW) e outros organismos, considera em tanto as restrições dos governos como os atos de violência entre ou contra grupos religiosos em 198 países.

A análise dos dados manifesta que as restrições dos governos contra a religião são altas ou muito altas em 43 países, ou seja, aproximadamente um quinto. Entre esses países estão China, Índia e Paquistão, três dos países mais populosos do mundo, o que aumenta significativamente o número de pessoas sob restrições religiosas.

Um número maior de países, 119, tem restrições menores, mas no geral suas populações são muito menores. Como representativos das restrições oficiais à atividade religiosa e a hostilidade, o relatório destaca os casos de Arábia Saudita, Paquistão e Irã.

A maioria das nações estabelece a liberdade religiosa em suas constituições, mas só uma quarta parte respeita na prática esses direitos legais, segundo o relatório. O menor nível de restrições se registra nos países das Américas, principalmente em Cuba, México, Venezuela e Colômbia. O Brasil, assim como Canadá e Estados Unidos, tem um baixo nível de restrições oficiais, embora as hostilidades sociais sejam maiores que nos outros países americanos, segundo o relatório.

O estudo também determinou que em 75 países os governos limitam os esforços de grupos religiosos ou indivíduos para convencer outros a se unirem a seu credo. Em 178 países (90% do total), os grupos religiosos devem registrar-se perante o governo, e em 117 deles (59%) essa inscrição teve como resultado grandes problemas ou discriminação aberta contra certos credos, segundo o relatório.

EFE   
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