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Europa

Medvedev e Putin felicitam Bagapsh por reeleição na Abkházia

14 dez 2009 - 16h10
(atualizado às 16h19)
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O presidente da Rússia, Dmitri Medvedev, e o primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, felicitaram nesta segunda-feira o líder separatista da Abkházia, Serguei Bagapsh, por sua reeleição como presidente dessa região georgiana, apesar a condenação internacional.

"A confiança que o povo depositou no senhor é reflexo do apoio cidadão à construção de um Estado independente, democrático e de direito", assinalou Medvedev em sua conversa com Bagapsh, conforme informou o Kremlin.

Medvedev considera que com a reeleição de Bagapsh, que obteve 61,16% dos votos no pleito presidencial do sábado, os abkhazes apóiam "o reforço da segurança e o restabelecimento do potencial econômico" da região.

"As relações entre Rússia-Abkházia receberam um grande impulso e, hoje em dia, alcançaram um novo nível", destacou Medvedev, que considera que a cooperação contribuirá "à estabilidade do Cáucaso".

Putin, que visitou recentemente a região separatista, o que foi muito criticado pelas chancelarias ocidentais, também felicitou a Bagapsh por telefone.

Enquanto, a Presidência sueca da União Europeia (UE) emitiu hoje um comunicado no qual afirma que Bruxelas "não reconhece o marco legal e constitucional das eleições".

A UE "continua apoiando a integridade e soberania territorial da Geórgia, tal como está reconhecido na legalidade internacional", acrescenta.

Após a confirmação da vitória, Bagapsh afirmou no domingo que "ao escolher minha candidatura, os abkhazes votaram por umas relações mais estreitas com a Rússia".

Bagapsh, no poder desde janeiro de 2005, será empossado em 12 de fevereiro como presidente do território banhado pelo Mar Negro, cuja independência foi reconhecida pela Rússia em agosto de 2008, decisão que depois também foi aceita por Nicarágua e Venezuela.

Curiosamente, o líder separatista não contou há cinco anos com o respaldo do Kremlin, mas a partir de 2008 o território se transformou em um protetorado da Rússia, que apresenta mais da metade de seu orçamento.

"Gostem os Estados Unidos ou não, elegemos nosso caminho. A Abkházia não voltará a fazer parte da Geórgia. Já encontraremos no mundo amigos que nos reconheçam", disse.

A maioria dos georgianos residentes na separatista a Abkházia não puderam exercer no sábado seu direito ao voto por falta de passaporte.

Mais de 30 mil armênios, no entanto, puderam assim como 18 mil russos que vivem na região.

A Geórgia, como ocorreu desde que a Abkházia rompesse laços com Tbilisi após a cruel guerra civil (1992-1993), não outorgou legitimidade ao pleito e negou qualquer validade jurídica.

Tbilisi considera a Abkházia e a também separatista Ossétia do Sul, territórios ocupados pelas tropas russas e sob regime do Kremlin.

EFE   
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