EUA reiteram que não assinam proibição de minas terrestres
Os Estados Unidos reiteraram nesta terça sua posição que não assinarão o tratado internacional de proibição de minas terrestres, informou o porta-voz do Departamento de Estado, Ian Kelly. O governo do presidente Barack Obama finalizou recentemente uma revisão do tratado e optou por não mudar a política de seu antecessor, George W. Bush.
"Decidimos que nossa política sobre minas terrestres seguirá vigente", disse o porta-voz em entrevista coletiva, na qual anunciou que os EUA enviarão um grupo de especialistas em minas à conferência que será realizada na Colômbia na semana que vem para revisar o tratado.
Em 1997 mais de 150 países, incluídos todos os membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) exceto os EUA, assinaram em Ottawa o tratado para a proibição do uso, armazenamento, produção ou transferência de minas antipessoais. Ainda há 39 países que seguem sem apoiar a Convenção de Ottawa, entre eles, EUA, Rússia e China, que também rejeitam assinar o tratado para a proibição de munição de fragmentação.
Ian Kelly disse que os Estados Unidos estão comprometidos com os projetos humanitários para atenuar os danos pessoais provocados pelas minas terrestres e desde 1993 destinou US$1,5 bilhões para limpar campos minados em países afetados como a Colômbia.
Apesar não fazer parte dos países que assinaram a Convenção de Ottawa, os EUA estarão presentes como "país interessado na segurança global", ressaltou. Kelly lembrou que no começo do ano o presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, convidou o presidente Obama para que os EUA estivessem presentes na segunda conferência de revisão da Convenção de Ottawa que será realizada em Cartagena. Os EUA aceitaram o convite e enviarão uma delegação com funcionários do Departamento de Estado, do Departamento de Defesa e da Agência de Cooperação Americano (USAID), que acudirão como observadores.