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Oriente Médio

Irã acusa Arábia Saudita e EUA de interferir no Iêmen

15 nov 2009 - 10h08
(atualizado às 10h17)
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O presidente do Parlamento iraniano, Ali Larijani, acusou neste domingo a Arábia Saudita e os Estados Unidos de interferir nos assuntos internos do Iêmen, e ressaltou que o objetivo de Washington é submeter os muçulmanos.

"A ingerência do Governo saudita e os frequentes bombardeios com aviões Tornado e caças-bombardeiros F-15 contra muçulmanos indefesos no Iêmen é incrível", disse o político, durante um discurso perante a Câmara.

Larijani acrescentou que as informações que indicam que o Exército americano colabora nos ataques "são mais um exemplo de que a políticas dos Estados Unidos não mudaram".

Durante a sessão, 250 dos 290 deputados que formam a Assembleia iraniana assinaram um documento no qual condenavam "o cruel assassinato de muçulmanos iemenitas pelos aviões de combate sauditas".

"É dever dos muçulmanos ficar unidos e solidários para enfrentar os inimigos, incluindo os Estados Unidos e Israel. Este tipo de ação só beneficia os inimigos do Islã", afirma o comunicado, cujo trecho, assim como as palavras de Larijani, é citado pela agência de notícias iraniana "Isna".

Há semanas, o Exército iemenita, com apoio da Arábia Saudita, enfrenta grupos rebeldes xiitas na conflituosa região do norte do Iêmen.

Em seu discurso, Larijani também falou das novas medidas adotadas pelos Estados Unidos esta semana contra o Irã, e afirmou, com ironia, que mostram "a profundidade da mudança prometida" por Washington.

EFE   
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