República Dominicana denuncia volta de menores haitianos
Autoridades de migração dominicanas alertaram nesta terçasobre o fato de que 20 menores haitianos imigrantes ilegais deportados no sábado para seu país se encontram de novo nas ruas da cidade de Santiago, onde se dedicam a pedir esmolas.
"Parece que nunca vai acabar, diariamente chegam à cidade centenas de imigrantes haitianos ilegais, muitos deles crianças e mulheres que se dedicam a mendigar nas ruas e os poucos que alcançamos recolher para sua repatriação, retornam ao país às poucas horas", disse uma fonte da Direção de Migração.
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A fonte comunicou que as autoridades haitianas se negam a receber a seus concidadãos, alegando que os acordos bilaterais entre República Dominicana e Haiti proíbem a repatriação de cidadãos nos fins de semana e dias festivos porque a fronteira em ambos os lados está fechada.
Não há trâmite também nas segundas e sextas-feiras devido à realização do mercado bilateral. Um inspetor de Migração do Haiti com sede na cidade de Ouanaminthe, disse que corresponde às autoridades dominicanas localizar aos pais desses menores que são traficados à República Dominicana, porque eles não têm os meios para fazê-lo.
As autoridades também não estão dispostas a permitir que crianças de seu país fiquem nas ruas das cidades haitianos porque não têm centros para acolhê-los. Centenas de crianças, mulheres e homens de origem haitianos pernoitam nas ruas de Santiago e outras cidades do norte dominicano pedindo esmolas.
Organizações comunitárias da zona sul de Santiago ameaçaram expulsar de seus bairros os imigrantes ilegais que vivem ali, se as autoridades migratórias não o façam em um prazo de 15 dias, segundo disse o jurista José Alberto Peña, porta-voz da Coordenadora de Organizações de Bairros.
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