Obama analisa situação do Afeganistão no congresso
O presidente de EUA, Barack Obama, se reunirá nesta terça com líderes democratas e republicanos de ambas câmaras do Congresso para analisar a deterioração da situação no Afeganistão, em momentos nos quais aumenta a rejeição popular à guerra no país.
A reunião com os congressistas faz parte de uma série de consultas que realiza o líder americano em momentos nos quais o comandante das operações americanos e da Otan no Afeganistão, o general Stanley McChrystal, recomendou o envio de outros 40 mil soldados americanos a esse país.
Segundo indicou na segunda-feira o porta-voz da Casa Branca, Robert Gibbs, a reunião permitirá que Obama explique aos congressistas a situação atual no Afeganistão "e lhes peça suas opiniões", tomando em conta o papel destacado do Congresso à hora de aprovar orçamentos.
Na quarta-feira e na sexta-feira próximos, Obama se reunirá com seus assessores em temas de segurança nacional para analisar as estratégias americanas no Afeganistão e Paquistão, indicou Gibbs. Obama disse durante sua campanha que a luta antiterrorista devia concentrar-se no Afeganistão.
Segundo pesquisas recentes, 58% da opinião pública é contra a permanência de tropas americanas nesse país e só 39% apoiam. No fim de semana passado, McChrystal apoiou o envio de mais tropas ao Afeganistão. Obama adotou uma atitude mais cautelosa frente a um conflito que leva já oito anos.
O contraste em posições em torno da estratégia bélica deu margem a conjecturas nos meios de comunicação americanos sobre possíveis tensões entre o Pentágono e a Casa Branca, algo que Gibbs quis minimizar em seu encontro com os jornalistas.
Embora Gibbs afirmasse na segunda-feira que retirar-se do Afeganistão "não é uma opção", reiterou que a decisão final de Obama sobre o que as tropas devem fazer no Afeganistão e no Paquistão deve demorar várias semanas.
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