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Estados Unidos

Reforma de saúde beneficiará pequenas empresas, diz Obama

24 jul 2009 - 22h41
(atualizado às 23h14)
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O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou nesta sexta-feira que a reforma do sistema de saúde, cuja aprovação no Congresso promoveu incansavelmente, beneficiará principalmente as pequenas empresas do país. Em discurso tradicional de rádio aos sábados, ele disse que a reforma "permitirá comprar planos em um mercado especializado em seguro médico e oferecerá créditos tributários para ajudá-los a entregar benefícios aos trabalhadores".

O presidente baseou as afirmações em dados de um relatório divulgado paralelamente pelo Conselho de Assessores Econômicos da Casa Branca.

De acordo com esse relatório, as empresas com menos de 20 trabalhadores representaram, em 2006, aproximadamente 18% de todas as fontes de emprego do setor privado.

O presidente disse que por não terem o poder de negociação das grandes empresas, as mais pequenas companhias têm que pagar maiores custos administrativos por pessoa e desembolsam até 18% mais pelos mesmos seguros de saúde, custos que reduzem o lucro e são repassados aos empregados.

Ele acrescentou que, como resultado, são menores as probabilidades de os pequenos empresários oferecerem seguros de saúde.

Calcula-se que quase 50 milhões de americanos não tenham esse seguro, em um momento em que os custos do atendimento médico seguem aumentando.

"Isso é insustentável, é inaceitável e vai mudar quando for sancionada a lei de reforma dos seguros de saúde", prometeu.

A reforma do serviço médico se transformou em um ponto de oposição, no qual os detratores afirmam que contribuirá para aumentar o déficit fiscal.

Obama e os que o apoiam asseguram que, pelo contrário, em última instância a reforma favorecerá a redução desse déficit.

Porém, em seu discurso, o presidente assegurou que, "após muito trabalho no Congresso", está "mais perto que nunca de aprovar finalmente a reforma que reduzirá custos, ampliará a cobertura e proporcionará mais opções às famílias e empresas" americanas.

Obama também denunciou que tanto a oposição política como a dos grupos de interesse rejeitaram a reforma com a intenção de prejudicar seu Governo.

"Sei que há quem quer que adiemos a reforma. E alguns até admitiram que é uma tática concebida para evitar qualquer tipo de reforma", disse.

"Há quem inclusive admitiu que, independentemente de méritos, é preciso deter a reforma para prejudicar meu Governo politicamente", acrescentou.

"Deixarei que eles expliquem isto ao povo americano", ameaçou.

Obama acrescentou que este debate "não é um jogo político para os americanos, e eles não podem se dar o luxo de seguir esperando a reforma".

EFE   
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