AI pede à China nova investigação sobre massacre de 1989
A Anistia Internacional (AI) disse nesta segunda-feira que as autoridades chinesas devem fazer uma investigação "aberta e independente" sobre o massacre da Praça da Paz Celestial, em junho de 1989.
Em gchinês frustrou qualquer tentativa de esclarecimento do incidente.
De acordo com a organização sediada em Londres, as autoridades chinesas até intensificaram a repressão contra ativistas e advogados.
Várias ONGs estimam que até 200 pessoas ainda podem estar detidas pela participação nos protestos a favor da democracia em 1989.
A diretora da Ásia-Pacífico da AI, Roseann Rife, ressaltou na nota que várias pessoas ainda permanecem em prisões, condenadas por delitos "contra-revolucionários", retirados do código criminal chinês em 1997.
A entidade ainda especificou que nem todos os presos por associação com o movimento fizeram parte dos protestos.
"No meio de uma desaceleração econômica global, o Governo chinês demonstrou rapidez para assumir a liderança em estabilizar o sistema econômico mundial", afirmou Rife.
"No entanto, quando se trata da proteção dos direitos humanos, a China fracassou e não conseguiu estar à altura do que se esperava dela. As pessoas que ainda estão nas prisões por suas ações na Praça da Paz Celestial mostram a falta de um compromisso com os direitos humanos que ainda prevalece na China", acrescentou.