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Oriente Médio

Protesto marca aniversário da reunificação de Jerusalém

21 mai 2009 - 09h41
(atualizado às 10h52)
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Centenas de ativistas israelenses e palestinos se concentraram nesta quinta em frente ao histórico Portão de Damasco da Cidade Antiga de Jerusalém para protestar no dia em que Israel lembra a "reunificação" da cidade.

Palestinos balançam bandeira nacional em frente o Portão de Damasco, na parte árabe de Jerusalém
Palestinos balançam bandeira nacional em frente o Portão de Damasco, na parte árabe de Jerusalém
Foto: AFP

O Dia de Jerusalém lembra os 42 anos da tomada por Israel da parte leste da cidade na Guerra dos Seis Dias de 1967, onde os palestinos querem estabelecer a capital de seu futuro Estado.

Israel anexou posteriormente a parte leste da cidade, segundo uma lei aprovada pelo Knesset (Parlamento israelense) em 1981 que a declarava a "capital eterna e indivisível" do Estado judeu.

Sob o lema "Acordem da fantasia: Jerusalém está unificada?", os grupos de direitos humanos israelenses que convocaram a manifestação ficaram em frente ao Portão de Damasco, construído em 1537 e onde começa a parte da cidade habitada por população árabe.

"Esta cidade é palestina. E estamos aqui reunidos para dizer a todo o mundo que Jerusalém é nosso país, é árabe, é palestina", disse à Agência Efe Adnan Jafar, palestino de cerca de 50 anos nascido em Jerusalém.

Atualmente, mais de 268 mil palestinos vivem em Jerusalém Oriental, o que representa 35% da população da cidade, segundo dados divulgados pelo Instituto Jerusalém para Estudos de Israel.

Um grupo formado principalmente por jovens palestinos estava com bandeiras nacionais palestinas, e gritavam palavras de ordem a favor de uma Jerusalém palestina, com contínuas referências a Arafat, às mesquitas de Omar e Al-Aqsa e aos diferentes bairros árabes da cidade.

Os organizadores da manifestação afirmam que a cidade não está unificada, mas Jerusalém foi anexada por Israel contra a vontade de seus residentes, que desde então sofreram discriminação, negligência e abuso das autoridades em todos os aspectos.

EFE   
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