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Oriente Médio

Judeus ultra-ortodoxos protestam contra o Papa e são detidos

11 mai 2009 - 08h06
(atualizado às 08h34)
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Dois ultra-ortodoxos judeus foram detidos nesta segunda-feira, em Jerusalém, quando estavam com cartazes contra a presença no país do Papa Bento XVI, que chegou a Israel em sua primeira visita oficial como pontífice.

infográfico info papa terra santa
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Foto: Reuters

"Dois homens foram interceptados por agentes policiais por estar com cartazes contra o Papa", disse o porta-voz da polícia israelense, Miki Rosenfeld, acrescentando que os detidos "foram interrogados e colocados em liberdade".

Um incidente semelhante ocorreu ontem na cidade israelense de Nazaré, com maioria de população árabe, onde outros dois homens foram detidos quando distribuíam panfletos contra a visita de Bento XVI. "Os policiais os interrogaram, confiscaram o material que distribuíam e os colocaram em liberdade", informou Rosenfeld.

Além disso, dois conhecidos ativistas da extrema direita religiosa israelense, Baruch Marzel e Itamar Ben-Gvir, apresentaram hoje no tribunal de distrito de Jerusalém um processo para que a corte emita uma ordem de expulsão contra o Papa.

No processo, os extremistas exigem que o pontífice devolva um candelabro (menorah), outros tesouros e milhares de escrituras judaicas que o imperador romano Tito levou quando destruiu o Templo de Jerusalém há quase dois milênios, e que, segundo eles, encontram-se nos porões do Vaticano.

Marzel e Ben-Gvir insistiram em que "os rabinos não devem se encontrar com o Papa porque a Igreja Católica torturou e assassinou judeus e ajudou os nazistas". Bento XVI chegou hoje a Jerusalém procedente da Jordânia, para uma peregrinação pelos locais sagrados para o Cristianismo em Israel e no território palestino ocupado da Cisjordânia.

Nos próximos dias, o Papa se encontrará com as autoridades religiosas e políticas locais, rezará nos lugares santos e pronunciará missas na Praça da Manjedoura de Belém, no Monte do Precipício em Nazaré e no Monte das Oliveiras, em Jerusalém.

EFE   
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