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Estados Unidos

Em turnê na Europa, Obama viaja em "Casa Branca voadora"

4 abr 2009 - 10h33
(atualizado em 6/4/2009 às 15h44)
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Ao embarcar para a sua primeira viagem para o continente europeu como presidente americano na última terça-feira, Barack Obama e sua mulher, Michelle, cruzaram quase 6 mil km sob o oceano Atlântico com destino a Londres a bordo de uma das aeronaves mais seguras e modernas do mundo: a Força Aérea Um. Entre os trunfos da chamada "Casa Branca voadora", estão a capacidade de ser abastecida em pleno ar e o sistema de proteção contra armas nucleares, além da ampla infra-estrutura de comunicação que permite que o presidente americano governe a mais de 13 mil metros de altura pelo tempo que for necessário.

Imagem mostra o Força Aérea Um em um vôo sobre o Monte Rushmore, na Dakota do Sul
Imagem mostra o Força Aérea Um em um vôo sobre o Monte Rushmore, na Dakota do Sul
Foto: AFP

Força Aérea Um é, na verdade, o nome de qualquer aeronave que o presidente americano embarcar. Atualmente, dois aviões Boeing 747-200B quase idênticos são usados regularmente sob esta denominação, designados VC-25A, de prefixos 28000 e 29000.

A aeronave tem a altura de um prédio de seis andares. Quatro motores a jato dão a potência para que o avião atinja até 1.100 km/h e possa voar a até 13.716 metros de altura. Com o tanque cheio, a aeronave pode dar meia volta ao mundo. No entanto, o Força Aérea Um tem a capacidade de ser abastecido no ar, o que possibilita que o presidente voe por tempo indeterminado.

Como em um 747 convencional, a aeronave tem três andares e uma área total de 370 m². O primeiro andar abriga as bagagens e alimentos, o segundo os passageiros e o terceiro a cabine do piloto. A grande diferença está no desenho da área interna, que diferentemente dos modelos comerciais, possui salas para reuniões, espaços para jantares, escritórios, além da suíte presidencial. O Força Aérea Um pode transportar confortavelmente 70 passageiros e 26 tripulantes.

O projeto da "Casa Branca voadora" esconde detalhes de muitas áreas consideradas secretas. Os jornalistas têm uma área exclusiva que se parece com uma primeira classe de vôos comerciais, com grandes espaços entre os bancos, para acompanhar a comitiva presidencial.

Para agir em possíveis situações de emergência, o avião está equipado com todos os equipamentos para a atuação da equipe médica, com farmácia, materiais de pronto-socorro e até uma mesa de cirurgia dobrável. O estoque de alimento pode armazenar até 2 mil refeições.

Os 380 km de cabos que ligam os sistemas internos da aeronave são blindados, com resistência suficiente para proteger os equipamentos de pulsos magnéticos de possíveis detonações nucleares. Em caso de combate aéreo, o Força Aérea Um tem a capacidade de ejetar sinalizadores para desviar rotas de mísseis guiados pelo calor, além de um sistema eletrônico que dificulta a detecção por radares inimigos.

O sistema de comunicações é altamente desenvolvido e permite ao presidente e aos membros da comitiva que se comuniquem com o mundo inteiro de dentro da aeronave. Os escritórios contam com telefones, rádios, faxes, internet e televisores.

Força Aérea Um no 11 de Setembro
Durante os ataques terroristas do dia 11 de Setembro, o então presidente George W. Bush usou a tecnologia a bordo do Força Aérea Um para tomar decisões e receber informações sobre os atentados. Bush visitava uma escola na Flórida quando recebeu a notícia de que um avião havia se chocado contra uma das torres do World Trade Center.

Imediatamente, ele embarcou na "Casa Branca voadora" e seguiu para uma base militar na Louisiana, depois para outra em Nebraska, antes de pousar em Washington. O governo americano reconheceu, no dia seguinte, que manteve o presidente longe de Washington logo após os atentados devido aos indícios de que a Casa Branca e o Força Aérea Um seriam alvos dos terroristas.

No dia em que os EUA sofreram um dos ataques mais graves da sua história, a "Casa Branca voadora" foi o local mais seguro para abrigar o presidente durante a ofensiva terrorista.

Outras opções

Para as distâncias mais curtas a serem percorridas na Europa, um helicóptero e a limusine presidencial acompanharam Obama na viagem. O automóvel estreou com ele na posse, em 20 de janeiro. Para criá-lo, a General Motors juntou a carroceria de uma limusine Cadillac a uma estrutura de veículo GMC.

O automóvel blindado pode levar até sete passageiros, que ficam separados do motorista por um vidro blindado. O carro, que é o primeiro da história da presidência americana que não tem um nome próprio, foi apelidado pelo serviço secreto de "The Beast" (a besta).

Fonte: Redação Terra
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