Boca-de-urna dá vantagem ao partido de Livni em Israel
O Kadima, da ministra das Relações Exteriores de Israel, Tzipi Livni, está ligeiramente à frente nas eleições realizadas nesta terça-feira no país, segundo as primeiras estimativas sobre os resultados.
De acordo com três levantamentos feitos por emissoras locais, o Kadima teria 29 ou 30 cadeiras e o Likud, de Benjamin Netanyahu, 27 ou 28. No entanto, com o apoio da extrema-direita e dos partidos religiosos, Netanyahu parece estar em melhor posição para formar uma coalizão governamental.
O partido de extrema-direita Israël Beiteinu, de Avigdor Lieberman, torna-se a terceira força política do Estado hebreu e teria 14 ou 15 assentos. A seguir aparece o Partido Trabalhista, do ministro de Defesa, Ehud Barak, que registra o pior resultado de sua história, segundo a televisão local, com 13 cadeiras.
Se projetados entre direita e esquerda, no entanto, os resultados apontam o Likud com maior probabilidade de conseguir formar um governo. De acordo com as pesquisas de boca-de-urna, o Kadima e partidos de esquerda teriam 56 ou 57 assentos no Parlamento, enquanto o bloco de direita controlaria 63 ou 64, quantidade suficiente para governar.
Tradicionalmente, o presidente de Israel delega a função de formar um governo de coalizão ao líder do partido que vence a maioria dos assentos do Parlamento, mas ele também pode escolher qualquer legislador que, na sua opinião, tenha condições de formar um governo.
O presidente Shimon Peres deve realizar consultas ainda esta semana com líderes dos partidos políticos, após os resultados finais das eleições. Assim que o presidente pede a um parlamentar que forme o governo, esse parlamentar tem 42 dias para ter sucesso na tarefa. Caso ele fracasse, o presidente pode escolher outro parlamentar e pedir que ele tente formar um governo de coalizão.
O comparecimento às urnas foi de 62,5% dos 5,2 milhões de eleitores registrados. O número é 5,4% maior que em 2006.
Com informações da AFP e Reuters.