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Mundo

Obama pede “igualdade de direitos” a homossexuais na África

Presidente dos EUA disse hoje que nenhum país deveria "discriminar os cidadãos por sua orientação sexual"

25 jul 2015 - 12h35
(atualizado às 16h33)
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O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou neste sábado que nenhum país deveria "discriminar os cidadãos por sua orientação sexual", em clara referência a vários Estados africanos nos quais a homossexualidade é crime e tem baixa aceitação social.

Em entrevista coletiva conjunta com o presidente do Quênia, Uhuru Kenyatta, Obama destacou que, perante a diferença de crenças religiosas e culturais, "o importante é como o Estado reage perante essa discriminação".

Obama está no Quênia, onde pediu “igualdade de direitos” para homossexuais na África
Obama está no Quênia, onde pediu “igualdade de direitos” para homossexuais na África
Foto: Getty

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"Se alguém respeita a lei, trabalha, respeita as normas de trânsito e faz tudo o que um bom cidadão deve fazer e não causa dano a ninguém, a ideia de que vai ser maltratado porque é diferente é simplesmente errônea", ponderou.

Obama lembrou que seu país tem uma longa experiência nas consequências de "tratar as pessoas de maneira distinta" de um ponto de vista legal e usou como exemplo a escravidão e a segregação racial, duas questões que marcaram a sociedade americana.

Por sua parte, Kenyatta lembrou ao presidente dos Estados Unidos que, apesar de ambos países compartilharem muitos objetivos e valores, há outros aspectos nos quais não estão de acordo, como os direitos dos homossexuais, que "não são uma prioridade" para seu governo.

O presidente do Quênia considerou que o país tem assuntos muito mais importantes a tratar, como a saúde e as infraestruturas, e que, uma vez que se tenham resolvido, será possível começar a falar de outras questões como a homossexualidade.

No Quênia, as relações homossexuais são um delito punível com 14 anos de prisão e, recentemente, o vice-presidente do país, William Ruto, declarou perante a imprensa que tinha conhecimento que os Estados Unidos haviam "legalizado a homossexualidade e outras coisas sujas".

No último dia 26 de junho, a Suprema Corte dos Estados Unidos decidiu a favor da legalização do casamento entre pessoas do mesmo sexo em todo o país.

A viagem de Obama ao Quênia, país onde nasceu seu pai e que já visitou em outras duas ocasiões, em sua adolescência e quando era senador, é a quarta que realiza como presidente à África.

Nesta ocasião, também viajará à Etiópia, aonde chega amanhã, o que lhe transformará no presidente americano que mais visitou este continente durante seu mandato.

EFE   
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