Na TV, Kadafi improvisa, zomba e ameaça; veja caras e frases • 22/02/2011, 17h48

"Ainda nem autorizei o uso de munição", observou o líder líbio Muamar Kadafi durante seu pronunciamento proferido nesta terça-feira pela TV estatal

"Muamar Kadafi é o líder da revolução, Muamar Kadafi não tem nenhum posto oficial ao qual renunciar. Ele é o líder da revolução para sempre", repete ele sobre si mesmo; o discurso durou mais de uma hora

"Permanecerei aqui, desafiador", disse, falando da sua residência de Bab al-Aziziya, bombardeada pelos Estados Unidos em 1986 e mostrada de tempos em tempos durante a transmissão

"Que vergonha. Vocês são uma gangue? Liberem Benghazi. Larguem as armas, ou haverá um massacre", disse, enfatizando como os manifestantes estão "destruindo" o país

"Qualquer uso de força contra a autoridade do Estado será sentenciado com a morte", repetia Kadafi enquanto consultava um caderno verde sobre o espaço legal para as sentenças

"Se esses vermes continuarem, a Líbia vai retornar à escuridão dos anos 50", exaltava-se contra os manifestantes. "Vocês querem que os americanos venham e ocupem a Líbia como fizeram no Afeganistão?"

"Muamar Gaddafi não é uma pessoa comum que você pode envenenar, ou contra a qual você pode liderar uma revolução", afirmava enquanto improvisava seu discurso em meio a notas que recebia de terceiros

"O povo líbio está comigo", afirmou Kadafi, convocando seus partidários para uma manifestação na quarta-feira. "Capturem os ratos! Saiam de suas casas e ataquem!", gritou o ditador

"Se vocês amam Kadafi, saiam às ruas da Líbia para protegê-las", falava ele em tentativa de dissuadir a população contra os supostos "inimigos"

"Lutarei até a última gota de sangue com as pessoas atrás de mim", profetizava, enquanto repetia que não deixaria o país e que, se necessário, morreria como um "mártir"

"Nós desafiamos a América com seu poder, nós até mesmo desafiamos o superpoder", afirmava para demonstrar o poder do governo da Líbio

Durante mais de uma hora de improvisos e ameaças, Kadafi tentou demonstrou que aceita fazer concessões aos protestos, indicando que "uma nova adminstração será formada" e que "conselhos municipais" serão criados