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Mundo não tem escolha a não ser se "descarbonizar", diz chefe de clima da ONU

26 mai 2015 - 16h29
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BARCELONA (Thomson Reuters Foundation) - Reagir à mudança climática nos próximos 15 anos é o "megaprojeto de desenvolvimento" do mundo dada a necessidade de investir trilhões de dólares em infraestrutura, na criação de empregos e na estabilidade econômica, disse a principal autoridade da Organização das Nações Unidas (ONU) para a mudança climática nesta terça-feira.

Filipinos caminham sobre um solo seco, anteriormente local de pesca, na província de Cavite, ao sul de Manila, nas Filipinas. 26/05/2015
Filipinos caminham sobre um solo seco, anteriormente local de pesca, na província de Cavite, ao sul de Manila, nas Filipinas. 26/05/2015
Foto: Romeo Ranoco / Reuters

"É fundamental do ponto de vista econômico que os países levem adiante o enfrentamento da mudança climática por causa dos benefícios que isso trará em termos de alimentos, água e energia, assim como emprego", afirmou Christiana Figueres, secretária-executiva da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC, na sigla em inglês) durante uma conferência sobre o mercado de carbono em Barcelona, na Espanha.

Isto, juntamente à velocidade com a qual os negócios estão agindo a respeito da mudança climática e os esforços para se estabelecer um preço para o carbono, significa que "um mundo descarbonizado agora é irreversível, irrefutável", disse ela na ocasião.

"Iremos fazê-lo, porque francamente não temos nenhuma outra opção", declarou.

A descarbonização diz respeito à troca de combustíveis fósseis por fontes de energia renovável e ao aprimoramento da eficiência energética, de forma a reduzir para zero as emissões de gases de efeito estufa.

A encarregada da mudança climática do Banco Mundial, Rachel Kyte, disse que, para descarbonizar as economias, "precisaremos começar com uma ambição extraordinária até o fim deste ano" em Paris, onde os países se reunirão com a meta de selar um novo acordo global para lidar com a mudança climática.

Especialistas afirmam que os planos nacionais que os países estão elaborando no momento para este acordo provavelmente não aumentarão as reduções nas emissões de gases de efeito estufa necessárias para manter o aquecimento global no limite internacionalmente acordado de 2 graus Celsius.

(Reportagem de Megan Rowling)

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