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Mundo

Mugabe rebate críticos de reeleição no Zimbábue

12 ago 2013 - 11h25
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O presidente do Zimbábue, Robert Mugabe, rechaçou nesta segunda-feira os críticos de sua questionada reeleição, rotulando os rivais como "patetas patrocinados pelo Ocidente", em uma cerimônia de comemoração pela guerra de libertação que foi boicotada por seu principal adversário.

O Movimento para a Mudança Democrática (MDC), do rival de Mugabe Morgan Tsvangirai, apresentou uma contestação judicial na sexta-feira contra a esmagadora vitória de Mugabe e seu partido ZANU-PF na votação de 31 de julho, alegando fraude generalizada e intimidação.

Os governos ocidentais, especialmente os Estados Unidos, também questionaram a credibilidade do resultado da eleição, que estende por mais cinco anos o domínio de 33 anos de Mugabe, o líder mais idoso da África, com 89 anos. Em contraste, os observadores de entidades diplomáticas africanas em geral aprovaram a eleição no Zimbábue.

"Nós lutamos bravamente nesta eleição e ganhamos tão esmagadoramente que algumas pessoas estão sofrendo muito", disse Mugabe num comício em comemoração ao Dia dos Heróis, uma celebração anual em prol daqueles que lutaram para libertar o Zimbábue, antiga Rodésia, do governo de minoria branca, levando à sua independência em 1980.

"Se eles não tem estômago para isso, podem ir e se enforcar", disse Mugabe.

O MDC, de Tsvangirai, que chama a votação de 31 de julho uma "fraude monumental", boicotou a cerimônia desta segunda, dizendo não querer se associar com "ladrões eleitorais".

A Constituição do Zimbábue diz que o tribunal superior do país deve decidir dentro de 14 dias sobre a contestação do MDC ao resultado da eleição presidencial. Os analistas creem ser improvável que a contestação legal do MDC prospere, pois dizem que o partido de Mugabe domina o Judiciário e as instituições do Estado.

(Por Cris Chinaka)

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