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Mundo

Muçulmanos celebram fim do Ramadã com banquetes

20 set 2009 - 12h16
(atualizado às 12h38)
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Milhões de muçulmanos do mundo árabe celebram neste domingo a festa de Eid el Fitr com roupas novas, visitas a parentes e até casamentos, depois de um mês sem comer, beber e fazer sexo entre a alvorada e o pôr-do-sol.

Vendedores preparam comida nas ruas de Nova Délhi, na Índia
Vendedores preparam comida nas ruas de Nova Délhi, na Índia
Foto: AP

Após verem no céu a meia lua que marca o começo do mês muçulmano de Shawal, os religiosos da maioria dos países árabes anunciaram que ontem foi o último dia do Ramadã.

A festividade iniciada neste domingo lembra a data em que, de acordo com a crença dos muçulmanos, o profeta Maomé foi apresentado ao Corão. Na Arábia Saudita, a Casa Real anunciou em nota que hoje é o primeiro dia do Eid el Fitr, que se estende por três dias.

Milhões de fiéis que realizam a peregrinação menor - Umra - a Meca se reuniram na cidade sagrada para a oração do Eid, primeiro ritual com o qual começam as celebrações da festa.

Os iraquianos, assim como o resto dos muçulmanos em outras nações árabes, encheram as mesquitas no começo da manhã. Mas as orações neste país ocorreram sob fortes medidas de segurança, devido às ameaças de ataques terroristas.

Ainda no Iraque, os sunitas começaram a festejar hoje mesmo. Já para os seguidores do clérigo xiita Ali al Sistani, a festa muçulmana só começará amanhã.

Nos Emirados Árabes Unidos, por sua vez, os cidadãos seguiram os costumes tradicionais: depois de orarem, montaram uma mesa de comida no quarto de hóspedes de suas casas. No cardápio, pratos com frango e arroz, que são oferecidos a parentes e vizinhos.

Também não faltaram os doces, sobretudo o pão conhecido como "mahali", que é servido com café árabe. Nos últimos dias, homens e mulheres aproveitaram para comprar roupas novas, como fazem ao fim de cada Ramadã.

No caso dos homens, a preferência é pela túnica branca, colocada sob uma outra de cor preta ou marrom. As mulheres também usam preto, que aparece na túnica e no véu que elas usam para cobrir a cabeça.

O Cairo, capital egípcia, foi outro lugar em que as lojas de roupa e sapatos lotaram no fim do Ramadã. Nos últimos dias, o coração da cidade sofreu com o trânsito pesado. A população teve que ter paciência para suportar as várias horas de engarrafamento.

Hoje, paradoxalmente, as ruas do Cairo ficaram praticamente vazias. Como é costume, os egípcios passam o segundo e o terceiro dias do Eid em lugares públicos ao ar livre, como clubes, parques e zoológicos.

Para facilitar o transporte nessas datas, as autoridades mandaram 1.800 ônibus novos para levar as famílias dos diferentes bairros residenciais para os famosos parques do país.

Alguns egípcios optaram por passar o Eid nas praias, onde também se despedirão das férias de verão, estendidas até 3 de outubro devido à gripe suína. No vizinho Sudão, as primeiras horas do primeiro dia do Eid foram festejadas com visitas de parentes.

No país, também são comuns os casamentos nessa época, já que as famílias aproveitam o banquete montado para o fim do Ramadã para comemorar as novas uniões, para as quais as mulheres sudanesas se preparam fazendo tatuagens de henna nas mãos e nos pés.

EFE   
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