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Milhares de pessoas protestam no Marrocos por regressão de direitos da mulher

8 mar 2015 - 14h44
(atualizado às 14h44)
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Milhares de pessoas saíram às ruas da capital Rabat neste domingo para manifestar-se contra a regressão dos direitos da mulher no Marrocos e exigiram a aplicação da paridade entre os dois sexos.

Na passeata, que começou na praça Bab el-Had e terminou perto do parlamento, os manifestantes alçaram cartazes e cantaram palavras de ordem para reivindicar a igualdade entre gêneros e pedir a aplicação do mecanismo de paridade estipulado pela Constituição de 2011.

Os manifestantes criticaram também o atual governo, liderado pelo islamita Partido Justiça e Desenvolvimento (PJD), e denunciaram o discurso "conservador" do presidente de governo, Abdelilah Benkirane, em relação à mulher.

"Queremos um Marrocos de liberdade não um Marrocos reacionário", era um dos lemas gritados pelos participantes da marcha, convocada por uma coalizão de parlamentares dos partidos da oposição e várias organizações feministas.

Fauzia Asuli, presidente da Federação da Liga Democrática dos Direitos da Mulher, lamentou em entrevista à imprensa durante a passeata o aumento da taxa de desemprego feminino (29%) assim como a frágil presença das mulheres nos cargos de responsabilidade.

As manifestantes criticaram também o contínuo aumento da taxa de pobreza e analfabetismo entre as mulheres e denunciaram a poligamia, o casamento de menores, a ilegalidade do aborto e a violência doméstica.

Segundo os dados da última pesquisa nacional realizada em 2011 pelo Alto Comissariado de Planejamento do Marrocos, 62,8% das marroquinas entre 18 e 64 anos de idade sofre algum tipo de violência conjugal, física ou psicológica.

EFE   
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