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Mundo

Mais de 60 jihadistas mortos na cidade malinesa de Gao

14 jan 2013 - 07h31
(atualizado às 07h36)
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Mais de 60 jihadistas morreram no domingo na cidade de Gao e em sua periferia devido aos intensos bombardeios das forças francesas nesta cidade do norte do Mali, declararam nesta segunda-feira moradores e autoridades dos serviços de segurança.

"Mais de sessenta islamitas morreram em Gao e em suas bases dos arredores. Durante a noite, islamitas que permaneceram escondidos nas casas saíram para recuperar os corpos de seus camaradas", declarou à AFP um morador de Gao contactado por telefone de Bamako, cujo testemunho foi confirmado pelo de um morador do local e por uma fonte de segurança regional.

"Foi, sobretudo, nos acampamentos militares de Gao que foram registrados mortos. Os islamitas fora surpreendidos no meio de uma reunião. Houve muitos mortos", acrescentou.

Este balanço foi confirmado por outros habitantes contactados pela AFP e por um funcionário regional da segurança.

"O balanço mais importante foi em um acampamento de islamitas. Perderam muita logística e homens. O número de 60 vítimas não é exagerado em Gao. O balanço é provavelmente maior", indicou esta fonte à AFP.

A França, que se declarou "em guerra contra o terrorismo" no Mali, bloqueou na sexta-feira o avanço para o sul dos grupos armados islamitas, que controlam o norte do Mali há nove meses, e bombardeou pela primeira vez as posições islamitas do norte, em Gao e em Kidal, o coração dos territórios jihadistas.

Por sua vez, segundo duas testemunhas, jovens de Gao se reuniram para festejar discretamente a derrota dos islamitas fumando em público, um desafio a uma proibição dos jihadistas.

Os islamitas anunciaram nesta segunda-feira que atingirão "o coração da França", segundo uma autoridade do Movimento para a Unidade e a Jihad na África Ocidental (Mujao).

"A França atacou o Islã. Vamos atingir o coração da França", declarou à AFP um dos líderes do Mujao no norte do Mali, contactado por telefone de Bamako.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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