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Mundo

Maduro lamenta morte de Galeano, um "gigante da alma latino-americana"

13 abr 2015 - 23h11
(atualizado às 23h11)
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O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, lamentou nesta segunda-feira a morte do escritor uruguaio Eduardo Galeano, um "gigante da alma latino-americana", e fez votos para que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, leia a obra "As veias abertas da América Latina".

"Quero transmitir a nossos irmãos do Uruguai, a nossos irmãos de toda América do Sul, da América Latina, do Caribe, nossas condolências, nosso dor, nossa solidariedade mais profunda pela perda deste gigante da alma latino-americana, deste grande criador da narrativa", disse Maduro.

O presidente prestou condolências no meio de um ato com milicianos que liderou em Caracas, onde destacou que Galeano, de 74 anos, foi um "grande formador de espírito e de consciência latino-americana".

"Nosso irmão Galeano, que hoje partiu à vida eterna seguirá de lá desenhando o mundo possível com o qual o sonhou. Agradeço a Galeano por tudo o que nos deu. Muito obrigado e o nosso aplauso, nosso amor, nossa lágrima de compromisso com teus sonhos", disse.

O presidente também comentou que um dos últimos atos políticos de Galeano foi participar de um abaixo-assinado contra o decreto americano que declara a Venezuela como "uma ameaça" e pune funcionários de alto escalão no país.

"Foi assinar o documento para exigir ao presidente Obama que revogue o decreto já (...) seu nome, de punho e letra, de Eduardo Galeano. Tomara que o presidente Obama leia o livro 'As veias abertas da América Latina', tomara", assinalou.

Em abril de 2009 o então presidente da Venezuela, Hugo Chávez (1999-2013), comentou que deu a obra de presente a Obama, durante a V Cúpula das Américas, em Trinidad e Tobago.

Na época, Chávez disse que teve a ideia dar o presente para responder um comentário do presidente americano, que disse que preferia falar do futuro e não do passado.

"Esse livro é uma resposta ao que ele disse. Não se pode entender o presente sem o passado", disse Chávez.

Obama insistiu sobre a ideia de olhar para o futuro na VII Cúpula das Américas, realizada na última sexta-feira e sábado no Panamá.

EFE   
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