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Justiça da França absolve ex-diretor do FMI de crime de proxenetismo

12 jun 2015 - 11h11
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A Justiça francesa absolveu, hoje (12), Dominique Strauss-Kahn das acusações de proxenetismo . A decisão que põe fim a uma série de escândalos sexuais que destruíram a carreira política do ex-diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI). Proxenetismo é o ato de obter benefícios econômicos da prostituição de outras pessoas.

O antigo político da esquerda francesa, que era dado como favorito para as eleições presidenciais de 2012, permaneceu impassível durante a leitura da sentença, no Tribunal Correcional de Lille, no Norte da França.

Neste caso, tornado público em 2011, Dominique Strauss-Kahn era acusado de participar de encontros sexuais com prostitutas, organizados em Lille, na Bélgica e em Washington, onde fica a sede do FMI. Atualmente com 66 anos, Strauss-Kahn nunca negou ter participado dessas orgias, mas afirmou desconhecer que algumas parceiras eram profissionais.

Ao todo, 14 pessoas foram acusadas neste caso, conhecido como Carlton, em referência ao Hotel Carlton, em Lille, onde trabalhavam alguns dos acusados.

Depois de ter libertado sete protagonistas, incluindo um proprietário de bordéis na Bélgica, e condenado a um ano de prisão, com pena suspensa, um antigo responsável do Hotel Carlton, de Lille, o tribunal considerou que Strauss-Kahn não era o organizador das orgias com prostitutas.

No direito francês, instigar ou facilitar o recurso a prostitutas é considerado proxenetismo, incorrendo o acusado numa pena de até dez anos de prisão. Em contrapartida, ser apenas cliente não é considerado crime.

Esta absolvição acontece depois de várias acusações de crimes sexuais. No final de 2008, uma antiga funcionária do FMI, Piroska Nagy, acusou Strauss-Kahn de assédio continuado. Depois de se desculpar publicamente, o francês manteve o cargo de diretor-gerente do FMI. Ao mesmo tempo, na França, a jornalista Tristane Banon acusou Strauss-Kahn de tentativa de violação, que teria acontecido em 2003.

Mas o fim da carreira do ex-diretor do Fundo ocorreu em maio de 2011, quando foi detido em Nova  York após ter sido acusado de violação por uma empregada de limpeza do Hotel Sofitel. O caso terminou com um acordo financeiro confidencial.

Agência Brasil Agência Brasil
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